29/09/2025 13:42:13

Acidente
29/09/2025 12:00:00

Entenda a Diástase Abdominal: Precauções, Diagnóstico e Exercícios Adequados

Descubra como reconhecer a condição silenciosa que afeta milhares de pessoas e saiba quais cuidados tomar ao fazer exercícios na região do abdômen

Entenda a Diástase Abdominal: Precauções, Diagnóstico e Exercícios Adequados

A diástase abdominal, uma condição muitas vezes silenciosa, pode causar mudanças estéticas e afetar diversas funções corporais.

Apesar de parecer uma questão meramente estética, ela pode comprometer a postura e até influenciar o funcionamento do sistema urinário.

Normalmente, o tratamento envolve a prática de exercícios específicos, mas surge a dúvida: pessoas com essa condição podem realizar treinos focados na região abdominal?

Segundo Paty Farago, especialista em reabilitação postural e profissional de educação física, indivíduos que apresentam diástase podem encontrar dificuldades ao fazer exercícios tradicionais de abdominal, o que, em alguns casos, pode levar a lesões.

Ela explica que o abdominal padrão não é necessariamente prejudicial, mas também não deve ser utilizado como método de tratamento. "Fazer uma atividade que não contribui para a recuperação pode ser contraproducente," ela afirma. Entre os exercícios recomendados para quem sofre de diástase, destaca-se a elevação pélvica, em que a pessoa deita de costas, com os joelhos dobrados, e levanta o quadril.

A prancha também é indicada, mas não a convencional, que fica com o rosto voltado para baixo. Alternativas incluem a prancha invertida, de barriga para cima, ou o apoio na parede para execução do movimento. Para identificar se você possui diástase, é importante entender o que ocorre na anatomia muscular.

A condição se caracteriza pelo afastamento dos músculos retos, que geralmente permanecem paralelos e alinhados na parede abdominal. Paty ressalta que a identificação é relativamente simples e a melhora pode ser obtida com exercícios específicos e correções posturais.

"A diástase é uma lesão que altera a funcionalidade do corpo, criando espaços onde normalmente não existem", explica. Entre as complicações que podem surgir, estão o desenvolvimento de hérnias na região do abdômen e problemas de incontinência urinária. Diversos fatores podem contribuir para o surgimento da condição, incluindo obesidade, má postura e práticas inadequadas de treino físico.

Entretanto, ela é mais frequente durante a gestação, já que o crescimento do útero empurra os músculos para cima, causando o afastamento. Farago também destaca que o afastamento muscular piora a postura, afetando especialmente a coluna, ombros (trapézio) e região lombar.

Ela reforça que o corpo funciona como uma engrenagem — quando uma parte apresenta disfunção, o restante também é afetado. Portanto, é fundamental que o indivíduo esteja atento às mudanças em seu corpo e busque compreender suas necessidades específicas, em vez de tentar corrigir os problemas de forma isolada.

Embora exista a possibilidade de cirurgia para reaproximar os músculos, a especialista adverte que entender o funcionamento do corpo e mudar hábitos prejudiciais são passos essenciais. Afinal, o aspecto estético não é o único fator relevante. Para o tratamento da diástase, a combinação de exercícios corretivos e ajustes posturais é bastante eficaz.

Apesar de a condição causar incomodo estético devido à alteração na aparência da barriga, as dietas por si só não são soluções viáveis. Se ainda há dúvidas sobre como identificar a diástase, algumas dicas podem ajudar. No entanto, a avaliação de um especialista continua sendo fundamental para determinar a gravidade e o melhor caminho de tratamento.

Entre os sinais a serem observados estão o alargamento da cintura ou o volume abdominal desproporcional ao restante do corpo. Para uma avaliação prática, deite de costas e coloque os dedos sobre o abdômen, contraindo a região para verificar se há espaço entre os músculos.

Além disso, observe seu corpo durante exercícios abdominais: quem possui diástase pode notar o abdômen 'surgindo' ou formando um cone ao exercer força. Problemas posturais e dores na coluna também podem indicar a presença da condição, sendo importantes pontos de atenção.