Howard Lutnick aponta necessidade de ajustes nas relações com o Brasil para fortalecer parceria com os EUA

Howard Lutnick, responsável pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, enfatizou a importância de realizar reformas no Brasil para que o país possa atuar de maneira adequada e evitar medidas prejudiciais aos interesses norte-americanos.

Durante uma entrevista ao programa NewsNation, Lutnick destacou que diversas nações, incluindo Brasil, Índia e Suíça, precisam 'entrar na jogada' de Donald Trump, a fim de facilitar sua entrada no mercado dos EUA.

Segundo ele, esses países devem entender que, para vender aos consumidores americanos, é fundamental aceitar as regras estabelecidas pela administração americana. "Precisamos ajustar a postura de vários países, como Brasil, Índia e Suíça, que precisam reagir de forma correta às demandas da América.

É necessário abrir seus mercados e deixar de adotar ações que possam prejudicar os interesses americanos. Por isso, estamos em um 'impasse' com eles", afirmou Lutnick. Ele reforçou que, além do Brasil, a Índia também enfrenta tarifas elevadas de 50% nos EUA, sendo que 25% dessa taxa decorre da compra de petróleo russo. A Suíça, por sua vez, enfrenta uma tarifa de 39% para seus produtos ao entrar no mercado americano.

Outros países, como Índia e Suíça, serão afetados por tarifas que podem chegar até 100% em diversos produtos, incluindo medicamentos e caminhões, a partir de 1º de outubro. Lutnick também comentou sobre o recente encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump na ONU, que sinalizou uma melhora nas relações bilaterais. Trump descreveu a conversa com Bolsonaro como amigável e afirmou que ambos concordaram em realizar um encontro oficial.

"Trump mencionou que Lula pareceu ser um homem agradável, gostou dele e que geralmente faz negócios com pessoas de quem gosta", contou Lutnick. O mandatário americano ainda mencionou ter tido uma "excelente química" com o presidente brasileiro, cujo discurso foi considerado uma surpresa positiva por Trump.

O líder brasileiro confirmou seu interesse em se reunir com o presidente dos EUA, embora ainda não tenham sido definidos local ou data para o encontro. A expectativa é que ambos possam aprofundar o diálogo e fortalecer a cooperação bilateral, após as recentes sinalizações de aproximação.