Durante o encerramento do 27º Fórum Nacional do Ensino Superior Privado (FNesp), realizado em São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou os impactos positivos do programa Pé-de-Meia para licenciatura e anunciou novas ações voltadas à valorização da carreira docente.
Segundo ele, essa política resultou em um aumento de quase 70% no número de estudantes que optaram por cursos de formação de professores no país após realizarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Santana também apresentou o programa Mais Professores, uma iniciativa que visa fomentar uma cultura de reconhecimento e valorização do magistério em âmbito nacional.
Entre as ações planejadas, está a emissão da Carteira Nacional do Professor, que já recebeu aprovação legislativa e começará a ser entregue a partir de 15 de outubro. Essa carteira trará benefícios em parcerias com instituições como Caixa Econômica, Banco do Brasil, além de setores de hospedagem, transporte por aplicativos e alimentação. A emissão será feita por meio do portal Gov.br, com os documentos entregues diretamente na residência dos profissionais de educação, abrangendo tanto os da rede pública quanto os da privada. Além disso, empresas parceiras poderão obter o selo
“Tocom Prof”, uma certificação criada pelo Ministério da Educação para reconhecer organizações que valorizam os educadores. Santana afirmou que essa iniciativa busca criar um movimento que envolva o setor privado na valorização dos professores. Questionado sobre o auxílio concedido a estudantes de medicina através do programa Mais Médicos, especialmente em relação às críticas que alegam que “não há médico pobre” no Brasil, Santana respondeu desmistificando a ideia.
Ele ressaltou que atualmente há muitos estudantes oriundos de famílias de agricultores, pedreiros, domésticas e trabalhadores de baixa renda que conquistaram vagas em cursos de medicina, mostrando que a acessibilidade ao ensino superior se ampliou. "Antes, apenas os mais ricos tinham condições de cursar medicina", afirmou.
O ministro também reforçou que o benefício é direcionado a estudantes de baixa renda, com critérios rigorosos para seleção. Ele destacou ainda que, caso alguém que não se encaixe nesses requisitos seja contemplado, é porque alguma informação foi omitida. Santana concluiu enfatizando que a intenção é garantir oportunidades a quem realmente necessita, ressaltando que essa é uma das formas de transformação social que a educação pode promover no país.