Recentemente, um jovem torcedor do Santos, que precisou perder um olho devido a um câncer na infância, ganhou destaque na mídia ao receber uma prótese personalizada com o escudo do clube e viajar com a equipe para encontrar Neymar.
Essa história tocou o país e evidencia como o cuidado com a saúde ocular infantil pode transformar vidas, sobretudo quando o diagnóstico ocorre precocemente. O retinoblastoma, um tipo raro de câncer que acomete a retina, costuma afetar crianças entre 1 e 3 anos de idade, sendo recomendado um acompanhamento especial até os 4 anos.
Como a doença muitas vezes evolui silenciosamente, os sinais iniciais podem passar despercebidos, dificultando o diagnóstico até que o tumor esteja avançado. Pais e responsáveis devem ficar atentos a alguns sinais de alerta, incluindo: - Reflexo branco nos registros fotográficos: ao invés do reflexo vermelho comum nas fotos com flash, surge um brilho esbranquiçado nos olhos da criança, sinal importante que necessita de avaliação imediata; - Estrabismo: desvio de um ou ambos os olhos sem consciência da criança; - Perda de visão.
De acordo com o oftalmologista Dr. Marcello Colombo Barboza, professor em oftalmologia e diretor do Hospital Visão Laser, o retinoblastoma é difícil de detectar sem exames específicos. Um reflexo branco nas fotos pode ser o primeiro indício de que algo deve ser avaliado por um especialista. Ele reforça que pais e responsáveis devem levar crianças de 1 a 4 anos para avaliações oftalmológicas regulares, mesmo na ausência de sintomas aparentes.
Somente um exame profissional pode identificar doenças graves, como o retinoblastoma em estágio inicial. A intervenção precoce é decisiva. Com um diagnóstico rápido, o câncer pode ser controlado e tratado de forma definitiva, elevando as chances de cura. Quando diagnosticada tardiamente, a doença pode resultar em cegueira ou, em casos extremos, levar à morte. O projeto #DeOlhoNosOlhinhos, apoiado pelo Hospital Visão Laser, visa aumentar a conscientização sobre a importância de detectar precocemente o doença.
Criada pelos pais da pequena Lua, os jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, essa campanha busca conscientizar o público e a classe médica, coordenada nacionalmente pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
A família de Leifert decidiu usar sua história e visibilidade para alertar outras famílias, especialmente após o diagnóstico tardio de sua filha, incentivando a busca por atenção especializada. A iniciativa já impactou mais de 100 milhões de brasileiros, reforçando a necessidade de atenção aos sinais e a procura por ajuda profissional.
O Hospital Visão Laser também atua na inclusão social através do Instituto Visão do Bem, que há nove anos oferece atendimento oftalmológico gratuito na região da Baixada Santista, litoral paulista.
Em ações recentes, mais de 600 crianças receberam exames oftalmológicos gratuitos, com distribuição de óculos de grau para aqueles que precisam, garantindo uma melhor qualidade de vida visual.