Família de Piloto Australiana Enlutada Busca Identificação no IML após Acidente com Drogas

A família do piloto de origem australiana, Timothy J. Clark, de 46 anos, entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas para realizar a liberação do corpo após o acidente envolvendo uma aeronave que caiu em Coruripe, no dia 14 de setembro.

Até o momento, a identidade do corpo permanecia não reconhecida oficialmente, o que poderia resultar na sua sepultação como indigente ao completar 30 dias no instituto. O incidente ocorreu por volta das 13h30, quando a aeronave caiu em uma área de vegetação densa. Na cena do acidente, agentes apreenderam aproximadamente 200 quilos de cocaína, além de alimentos importados e equipamentos improvisados utilizados para reabastecimento em voo, sugerindo que a aeronave tinha planos de realizar longas viagens sem paradas.

Timothy Clark era uma figura reconhecida na cena financeira da Austrália, tendo atuado como diretor e secretário em diversas companhias de investimento, incluindo a Stock Assist Group Pty Ltd e a Bluenergy Asia Pty Ltd. O pai de Timothy, Ray Clark, que reside na região de Melbourne, revelou que só tomou conhecimento da morte do filho através de um veículo de comunicação britânico.

Ainda em estado de choque, ele manifestou a suspeita de que Timothy estaria vivo e residindo na África do Sul. A confirmação da identidade do corpo foi possível graças a documentos encontrados entre os destroços, como carteira de motorista australiana e cartões de clubes sul-africanos.

A investigação indica que o avião transportava drogas e materiais relacionados a atividades ilícitas, reforçando a suspeita de envolvimento com o tráfico internacional. Ainda não se sabe a origem e o destino final da aeronave, pois não há registros oficiais do plano de voo no Brasil.

O Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália confirmou estar a par do falecimento de um cidadão no Brasil e comunicou que a embaixada australiana em Brasília mantém contato constante com as autoridades locais. A Polícia Federal conduz as investigações, que visam esclarecer a carga, os trajetos e os responsáveis pelo transporte da droga, além de aprofundar os detalhes do voo — que até agora permanece sem registros oficiais no sistema brasileiro.