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Acidente
27/09/2025 07:00:00

Tensão crescente na região do Báltico após interceptação de aeronaves russas por caças húngaros

Operações militares da NATO na Lituânia elevam o debate sobre possíveis ações contra violações aéreas

Tensão crescente na região do Báltico após interceptação de aeronaves russas por caças húngaros

Na última quinta-feira, dois jatos de combate húngaros, parte da missão de patrulha aérea da NATO na Lituânia, saíram de sua base em Siauliai para interceptar uma flotilha de cinco aeronaves russas que operavam próximo ao espaço aéreo dos países aliados. A ação ocorreu após a presença de três caças russos Mig-31, além de um Su-30 e um Su-35, ser detectada na região.

A organização da Aliança Atlântica ainda não divulgou detalhes adicionais sobre o incidente, mas destacou que a participação da Hungria demonstra o compromisso da NATO em proteger os Estados Bálticos e sua infraestrutura na fronteira oriental. Essas operações de fiscalização são frequentes na região do Báltico e do Mar Negro, principalmente após episódios recentes envolvendo aeronaves e drones russos que invadiram de forma direta o espaço aéreo de nações-membro.

O episódio mais grave aconteceu na Estônia, onde três caças russos Mig-31 sobrevoaram o território do país por 12 minutos, reacendendo debates sobre possíveis respostas. O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu a postura adotada, afirmando que os caças russos foram acompanhados por forças italianas, suecas e finlandesas, e que eles não representaram uma ameaça direta à segurança. Essas ocorrências têm intensificado o conflito, levando a questionamentos sobre se a NATO deve responder abatendo todos os aviões que violarem seu espaço aéreo.

A Polônia já deixou claro que agirá sem hesitação caso seja necessário. Rutte abriu a possibilidade de ações mais severas, incluindo o abatimento de aeronaves russas, desde que seguidos protocolos rígidos e avaliações específicas, deixando claro que tais medidas não serão tomadas automaticamente.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que a possibilidade de derrubar caças e drones russos que invadirem o espaço aéreo aliado está sobre a mesa. Ela ressaltou a necessidade de proteger cada centímetro do território europeu, afirmando que a decisão cabe à NATO, mas que a defesa deve ser firme.

"Se houver uma violação, a opção de abater aeronaves deve estar considerada, sempre após seguir as regras e realizar avisos claros", explicou. Von der Leyen também destacou que a Rússia tem colocado a Europa à prova em diversos níveis, travando uma guerra híbrida contra as democracias do bloco.

Ela reforçou que, apesar das decisões serem da NATO, é imprescindível proteger a soberania do continente europeu, evitando que o território seja alvo de ações hostis.