Na noite de 21 para 22 de setembro, uma série de aparelhos não identificados sobrevoaram as instalações do 501º Regimento de Tanques, localizado em Mourmelon-le-Grand, na região de Marne, França.
A confirmação do ocorrido veio na quinta-feira, quando o exército francês reconheceu a ocorrência e anunciou a abertura de uma investigação para esclarecer o episódio. De acordo com o jornal regional 'L’Union', múltiplos objetos voadores não identificados foram captados em diferentes áreas do campo militar, levando à preocupação de que possa tratar-se de uma atividade não autorizada ou potencial ameaça à segurança nacional.
Relatos da Agência France Presse indicam que o incidente aconteceu durante a madrugada, entre o domingo e a segunda-feira. A força militar local confirmou a ocorrência posteriormente, destacando que, embora tenham sido vistas pequenas máquinas aéreas, elas não eram pilotadas por militares ou por drones militares autorizados.
As autoridades reforçaram que o sistema de segurança da base foi imediatamente acionado para responder ao evento. O comandante da instalação afirmou que, até o momento, não há evidências claras de que os aparelhos tenham origem militar ou tenham sido operados por agentes do próprio exército, mantendo a hipótese de que se tratava de drones civis ou de origem desconhecida.
A base, que em 2024 também foi palco de treinamento de soldados ucranianos no contexto da operação na região de Champagne, reforçou suas medidas de segurança após o incidente, aumentando a vigilância e monitoramento de suas áreas sensíveis. Na França, assim como em diversos países europeus, o uso de drones civis sobre bases militares é estritamente proibido.
Voos não autorizados sobre locais estratégicos são considerados ameaças à segurança e podem levar a penalidades rigorosas, incluindo multas pesadas e prisão. Recentemente, várias nações do continente relataram situações similares, com drones não identificados sendo detectados sobre áreas civis e militares importantes na Escandinávia, Polônia e países bálticos.
Essas ações provocaram o fechamento temporário de aeroportos, cancelamentos de voos e intensificação das patrulhas aéreas. Existem suspeitas de que a Rússia esteja por trás dessas operações, que muitos especialistas consideram ações híbridas com o intuito de testar as capacidades de defesa europeias e provocar instabilidade na região, aumentando a preocupação com a escalada de tensões na área.