Segundo dados das autoridades médicas locais, ao menos 17 pessoas perderam suas vidas nesta quinta-feira em ataques conduzidos por forças israelenses na Faixa de Gaza. Há preocupação de que dezenas de civis estejam soterrados sob os escombros de estruturas destruídas durante os bombardeios.
Na cidade de Zawaida, um ataque israelense atingiu uma tenda e uma residência, resultando na morte de 12 indivíduos, incluindo oito crianças, conforme relatório do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.
Outro episódio ocorreu em Khan Younis, no sul do território, onde um edifício de apartamentos foi alvo de bombardeios, causando a morte de quatro pessoas. Os corpos foram encaminhados ao Hospital Nasser, que confirmou as vítimas.
Além disso, uma jovem foi atingida e morta em um ataque aéreo a uma tenda em Deir al-Balah, deixando dezenas de feridos, informa o hospital local.
Essas mortes recentes ocorrem num momento em que as forças israelenses continuam sua ofensiva para retomar Gaza, considerada pelos militares israelenses como o reduto principal do grupo Hamas.
Enquanto isso, diversos países ocidentais reforçaram seu apoio à proposta de solução de dois Estados para o conflito, com a Austrália, o Reino Unido, o Canadá, a Bélgica, França, Luxemburgo, Malta e Portugal reconhecendo oficialmente o status de Estado palestino nesta semana.
Hoje, aproximadamente 75% dos 193 membros da Organização das Nações Unidas reconhecem formalmente a existência de um Estado palestino. Em Nova Iorque, o presidente francês Emmanuel Macron declarou à France 24 que a decisão de seu país foi motivada pela necessidade de isolar o Hamas, que, apesar de muitos líderes terem sido mortos, mantém sua presença no território.
Macron afirmou que a guerra total em Gaza está causando vítimas civis, mas não representa uma solução para o fim do Hamas, classificando a situação como um fracasso. Ele também revelou que vem colaborando com o presidente dos EUA, Donald Trump, na tentativa de pressionar Israel por um cessar-fogo, destacando que a nação israelense desempenha papel importante na busca por paz mundial.
Por outro lado, o chefe do governo israelense, Benjamin Netanyahu, criticou duramente as nações ocidentais que recentemente reconheceram o Estado palestino. Antes de viajar para Nova Iorque, ele afirmou aos jornalistas que pretende expor na Assembleia Geral da ONU sua opinião de que líderes que apoiam a criação de um Estado palestino no coração de Israel estão equivocados, e que tal cenário não acontecerá.
Na mesma semana, representantes dos EUA, como Marco Rubio e Steve Witkoff, manifestaram otimismo em relação ao “plano Trump de 21 pontos para a paz”, apresentado a líderes árabes na terça-feira. Witkoff definiu a iniciativa como uma estratégia importante para promover a estabilidade na região.