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Acidente
23/09/2025 08:00:00

Governo lança auxílio mensal para estudantes carentes de Medicina

Nova medida visa garantir suporte financeiro aos alunos de baixa renda inscritos no programa Mais Médicos

Governo lança auxílio mensal para estudantes carentes de Medicina

Na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União, foi publicada uma nova resolução que institui o Programa de Apoio Financeiro Permanência, voltado a estudantes de Medicina em situação de vulnerabilidade social.

Este programa, denominado PBP-PMM, tem como objetivo fornecer um auxílio mensal para que esses estudantes possam continuar seus estudos sem dificuldades financeiras. A iniciativa foi criada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Portaria nº 655/2025, que detalha as regras do benefício. O benefício busca contribuir com os custos de vida acadêmica e social, permitindo que os estudantes permaneçam na faculdade até a conclusão do curso.

Para ser elegível ao benefício, o aluno precisa estar matriculado em um curso de Medicina credenciado pelo programa Mais Médicos e atender a alguns critérios específicos. O primeiro deles é estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), com registros ativos e atualizados. No caso de estudantes de instituições privadas, o benefício será concedido somente àqueles que possuem bolsa integral oferecida pela própria instituição.

Além disso, o candidato deve cumprir requisitos adicionais, como não ter concluído outra graduação de nível superior, não ser beneficiário do Programa Bolsa Permanência de universidades federais e ter renda familiar bruta mensal por pessoa inferior a R$ 2.277,00, equivalente a 1,5 salário mínimo vigente em 2025. Quem desejar participar do programa deve realizar o cadastro no Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP).

Para isso, é necessário anexar documentos que comprovem a renda familiar e a matrícula ativa em um curso de Medicina autorizado. O acesso ao sistema exige uma conta no portal Gov.br, além de assinatura de um termo de compromisso, disponível no anexo II da portaria. A seleção dos estudantes será responsabilidade das instituições de ensino superior (IES).

Os critérios estabelecidos pela portaria indicam que a prioridade será dada aos alunos com menor renda familiar. Dentro de cada faixa de renda, terá preferência quem estudou em escolas públicas. Para as universidades federais, a prioridade será dada aos candidatos que ingressaram por cotas de vulnerabilidade social.

O programa será válido para estudantes de universidades públicas federais e privadas, com a participação formalizada por meio de um Termo de Adesão, conforme legislação vigente. Os valores do auxílio serão definidos pelo MEC e pelo FNDE, e não poderão ser inferiores ao valor de uma bolsa de iniciação científica, atualmente de R$ 700. O benefício poderá ser acumulado com outras bolsas de estudo, desde que a soma total não ultrapasse um salário mínimo mensal.

O pagamento será efetuado diretamente pelo FNDE ao estudante, após a homologação mensal da matrícula e da situação acadêmica pela instituição. A continuidade do auxílio está condicionada ao cumprimento de regras específicas. Caso o estudante tranque ou suspenda sua matrícula, perca o benefício integral oferecido por uma instituição privada, troque de curso ou de faculdade, obtenha rendimento acadêmico insuficiente (menos de 75% de aprovação), ultrapasse o prazo de dois semestres além do previsto para concluir a graduação, receba outra bolsa de permanência de universidade fe

deral ou forneça informações falsas, o benefício poderá ser cancelado ou suspenso. Essa nova medida reforça o compromisso do governo em ampliar o suporte financeiro a estudantes de Medicina de baixa renda, promovendo maior inclusão e acessibilidade ao ensino superior na área da saúde.