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Acidente
22/09/2025 00:00:00

Polícia Federal Examina Uso Indevido do Sistema do Ministério da Justiça por Integrantes do PCC

Relatórios indicam que membros do crime organizado acessaram informações do Cortex para monitorar figuras públicas, incluindo Sergio Moro e ministros do STF

Polícia Federal Examina Uso Indevido do Sistema do Ministério da Justiça por Integrantes do PCC

Uma investigação da Polícia Federal está em andamento para apurar a possível utilização indevida do sistema Cortex, uma plataforma de inteligência artificial administrada pelo Ministério da Justiça. As suspeitas surgiram após evidências de que o grupo criminoso PCC teria acessado dados sigilosos do sistema para acompanhar a atuação de figuras políticas e jurídicas de destaque.

Entre os nomes monitorados estavam o ex-juiz Sergio Moro, o promotor Lincoln Gakiya, ministros do Supremo Tribunal Federal e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Há também indícios de planos para ataques contra as vidas de Moro e Gakiya. 

Cortex foi desenvolvido para consolidar informações de diversas fontes oficiais como a Receita Federal, o Sistema Único de Saúde e câmeras de vigilância, tornando-se uma ferramenta fundamental para as investigações. Apesar de sua alta eficiência, a plataforma apresenta riscos de segurança, especialmente quando suas informações podem ser negociadas na deep web, caso sua proteção seja comprometida.

De acordo com as apurações, dados do sistema Cortex continuam acessíveis na internet, o que evidencia uma falha na segurança. A Polícia Federal identificou um usuário automatizado que consultou cerca de um milhão de registros em um único dia. Essa vulnerabilidade expõe os dados pessoais de milhões de brasileiros, incluindo informações altamente confidenciais.

Especialistas em segurança digital alertam que o acesso ao sistema deveria estar protegido por múltiplas camadas de autenticação. Adriano Vallim, consultor na área, destaca que a exposição de rotinas e localizações de autoridades traz riscos severos tanto para os agentes públicos quanto para os cidadãos comuns.

Ele recomenda que órgãos públicos e empresas implementem sistemas avançados de monitoramento de cibersegurança para detectar tentativas de invasão e credenciais ilícitas, além de emitir alertas às instituições responsáveis. O processo investigativo ainda está em fase inicial, mas já aponta possíveis responsáveis por como o crime organizado conseguiu explorar vulnerabilidades na principal ferramenta de inteligência do governo federal, colocando em risco a integridade do sistema e a segurança de informações sensíveis.