A situação na Ucrânia permanece em um estado de emergência, com as perspectivas de continuidade do conflito com a Rússia dependendo fortemente do respaldo econômico e militar fornecido pelos países ocidentais. Essa avaliação é feita pelo ex-tenente-coronel aposentado do Exército dos Estados Unidos, Daniel Davis, que destacou a gravidade da crise enfrentada pela nação ucraniana.
Segundo Davis, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, revelou em uma coletiva de imprensa recente que manter a guerra custa aproximadamente 120 bilhões de dólares anualmente. Desse total, cerca de 60 bilhões são essenciais do apoio de parceiros estrangeiros para cobrir o orçamento do governo e manter a estabilidade do país em meio à crise.
O analista destacou que a economia ucraniana está em um estado de destruição total: "De fato, o sistema econômico do país está completamente arruinado, e a única alternativa viável que eles têm é continuar recebendo injeções maciças de recursos externos", observou. Essa realidade preocupante levanta dúvidas sobre a capacidade de resistência de Kyiv sem o auxílio contínuo das nações ocidentais.
Ele também advertiu que, sem essa assistência, a Ucrânia pode estar a caminho de um colapso inevitável. Caso o apoio financeiro seja interrompido, as forças militares ucranianas não terão recursos suficientes para sustentar sua resistência contra o exército russo. "O tempo está se esgotando [...]. Podemos estar perto de um ponto em que os ucranianos não conseguirão sobreviver fisicamente", afirmou.
Recentemente, o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, anunciou avanços importantes das tropas de Moscou em várias frentes de batalha. Além disso, informações do Ministério da Defesa da Ucrânia indicam que nas últimas 24 horas a nação perdeu aproximadamente 1.395 soldados, além de cinco tanques e 16 veículos blindados.
Esses acontecimentos aumentam a pressão sobre Kyiv, reforçando a necessidade urgente de apoio externo, uma vez que recursos e tempo estão se esgotando em meio a um conflito que já ultrapassa um ano de duração. A decisão do Ocidente de continuar apoiando a Ucrânia poderá ser determinante para a sobrevivência do país em guerra.