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Acidente
13/09/2025 08:00:00

Paciente mantém remissão prolongada do HIV após estudo inovador, mas se reinfeta após 17 meses

Avanço na pesquisa mostra possibilidade de controle do vírus com tratamento experimental, embora o paciente tenha retornado à infecção

Paciente mantém remissão prolongada do HIV após estudo inovador, mas se reinfeta após 17 meses

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciaram um avanço significativo no campo do tratamento do HIV. Um participante de um estudo experimental permaneceu com o vírus indetectável por um período de 78 semanas, cerca de um ano e meio, usando uma terapia inovadora que reduz a necessidade de administrar o coquetel tradicional.

Para especialistas em infectologia envolvidos no acompanhamento, esse paciente experimentou uma 'cura funcional' entre os anos de 2020 e 2021. O procedimento mostrou-se promissor, pois o vírus desapareceu das células, assim como os anticorpos relacionados à infecção. Tais sinais são normalmente observados em uma minoria de indivíduos considerados curados até o momento. No entanto, após o período de remissão, o paciente, cuja identidade foi protegida durante o estudo, voltou a apresentar sinais de infecção após 17 meses sem sintomas ou carga viral detectável.

O tratamento de HIV costuma conseguir manter os níveis de carga viral tão baixos que ficam indetectáveis, impedindo a transmissão e reduzindo o risco de complicações, mas pequenas quantidades do vírus permanecem dentro das células, que continuam produzindo anticorpos. A experiência do paciente de São Paulo indica um período prolongado de controle, embora não uma cura definitiva. Para ficar informado sobre outras notícias, receba as atualizações da GazetaWeb através do WhatsApp e acompanhe todas as novidades. Clique aqui para participar do grupo.

Ainda que o controle da carga viral seja possível com os tratamentos atuais, a esperança de uma cura definitiva ainda depende de avanços como o demonstrado neste estudo. Os pesquisadores destacam que, apesar de a carga viral estar indetectável, a presença residual do vírus e dos anticorpos caracteriza uma fase de controle, mas não uma cura completa, sendo um passo importante rumo à solução definitiva.

Fique atento às novidades e aos próximos passos dessa pesquisa, que pode transformar o tratamento do HIV no futuro próximo.