20/09/2025 23:43:47

Acidente
12/09/2025 16:00:00

São Paulo na Vanguarda da Preservação Florestal: Caminho para um Amanhã Sustentável

Iniciativas de restauração e combate ao desmatamento são essenciais para o futuro ecológico do estado e do país

São Paulo na Vanguarda da Preservação Florestal: Caminho para um Amanhã Sustentável

A Mata Atlântica representa um dos principais desafios e oportunidades ambientais para o Brasil, sendo não só o bioma mais populoso e de maior impacto econômico, mas também um dos mais ameaçados globalmente. De acordo com o último Relatório Anual de Desmatamento, São Paulo foi responsável por 80% dos 561 hectares de floresta desmatados em todo o país em 2023, evidenciando a urgência de ações restauradoras.

Enquanto isso, ações concretas em municípios como Campinas, que investe na recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), demonstram que o esforço local é vital para promover mudanças significativas. O governo estadual planeja recuperar 37 mil hectares até 2026, uma meta progressiva, mas que demanda diálogo constante com proprietários rurais para ampliar a abrangência das ações. A recuperação de vastas áreas representa um desafio imenso, porém imprescindível.

Em um contexto de urbanização acentuada, eventos extremos e passivo ambiental expressivo, a restauração da Mata Atlântica se torna uma estratégia central não apenas para compensar danos, mas para reforçar a resistência climática, assegurar a segurança hídrica e elevar a qualidade de vida na região. Nesse cenário, São Paulo pode consolidar sua posição de liderança na transição ecológica do país.

Para avançar, é fundamental ampliar o debate público sobre restauração, integrando ciência, políticas públicas e ações práticas no território. Fóruns que promovam o diálogo entre especialistas, gestores públicos e sociedade civil ganham cada vez mais relevância. Um exemplo é o debate “A Restauração no Clima da COP”, promovido pela Iniciativa Verde e pela Envolverde, marcado para o dia 10 de setembro, que antecede a conferência climática e busca aproximar teoria e prática.

Esses espaços são essenciais para transformar consensos ambientais em estratégias concretas, pois o destino das florestas será moldado não só por grandes eventos internacionais, mas também pelas decisões de governos, comunidades e indivíduos no presente. A fase de restauração já ultrapassou a metade do percurso, e São Paulo possui todas as condições de liderar esse movimento. É hora de refletir e agir coletivamente em prol de um futuro mais sustentável.