20/09/2025 23:34:48

Acidente
01/09/2025 18:00:00

Investigação aponta 19 postos supostamente ligados ao PCC; veja endereços

Investigação aponta 19 postos supostamente ligados ao PCC; veja endereços

Decisões da Justiça de São Paulo relacionadas à operação Carbono Oculto, a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), revelaram a citação de 19 postos de combustíveis ligados a suspeitos de envolvimento com a facção criminosa. A operação investiga como o grupo teria se infiltrado no setor de combustíveis para movimentar dinheiro do crime organizado.

De acordo com a Receita Federal, cerca de mil postos faziam parte do esquema. O dinheiro ilícito era recebido em espécie ou por meio de maquininhas e depois repassado para contas controladas pela organização.

Sete desses postos são atribuídos a Armando Hussein Ali Mourad, irmão de Mohamad Hussein Mourad, apontado pela Justiça como figura central do esquema, responsável pela expansão do grupo e pela blindagem patrimonial e lavagem de capitais. São eles: Auto Posto Vini Show, em Senador Canedo (GO); Auto Posto Dipoco, em Catalão (GO); Posto Santo Antonio do Descoberto, em Santo Antônio do Descoberto (GO); Posto Futura JK, em Jataí (GO); Posto Futura Niquelândia, em Niquelândia (GO); Auto Posto Parada 85, em Goiânia; e Auto Posto da Serra, em Morrinhos (GO).

Dois estabelecimentos pertencem a Luciane Gonçalves Brene Motta de Souza e Alexandre Motta de Souza, acusados de participação na organização de Mourad e de fraudes em bombas e adulteração de combustíveis: Auto Posto Conceição, em Campinas (SP), e Auto Posto Boulevar XV São Paulo, em Praia Grande (SP).

Quatro outros postos estão ligados a Renan Cepeda Gonçalves, considerado peça-chave no esquema, por sua relação com a Rede Boxter, também investigada por lavagem de dinheiro do PCC. Na Receita, o proprietário formal é Tharek Majide Bannout, igualmente alvo da operação.

O Auto Posto Texas, em Catanduva (SP), aparece em nome de Gustavo Nascimento de Oliveira, apontado como laranja do grupo de Mohamad Hussein Mourad.

Em São Paulo, o Auto Posto Bixiga foi citado como destino de metanol usado na adulteração de combustíveis. Já o Auto Posto S3 Juntas pertence a Ricardo Romano, descrito como ligado à lavagem de dinheiro e com conexões diretas com o PCC.

Outro endereço citado é o Auto Posto S-10, registrado em nome de José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, que, segundo a Justiça, possui ligações estreitas com a facção e é suspeito de financiar atividades de tráfico e lavagem. A empresa ACL Holding, também mencionada na investigação, figura como sócia no posto.

Por fim, o Auto Posto Elite, em Piracicaba, também aparece associado a Armando Hussein Mourad. Nos registros da Receita, o proprietário é Pedro Furtado Gouveia Neto, alvo da operação e igualmente dono do Auto Posto Moska.

As defesas dos citados não foram localizadas.