O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apareceu nesta sexta-feira (29) vestindo um uniforme militar durante uma visita a suas tropas. Este evento coincide com a recente movimentação de navios de guerra dos Estados Unidos, que começaram a se posicionar ao sul do Caribe, nas proximidades da costa venezuelana.
Em seu discurso, Maduro declarou que a nação está pronta para "defender a paz e a soberania nacional" contra o que chamou de "ameaças" do governo dos Estados Unidos. Ele também mencionou que a Colômbia se uniu a esses esforços de segurança na fronteira.
“Hoje, após 20 dias de anúncios, ameaças e guerra psicológica, afirmo que estamos mais fortes do que antes e melhor preparados para proteger nossa paz, soberania e integridade territorial”, proclamou.
Os Estados Unidos enviaram cinco embarcações de guerra e aproximadamente 4 mil soldados para a região, justificando essa ação como parte de operações contra o narcotráfico. A agência France Presse registrou a presença do cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie em um porto no Pacífico, antes de seguir para o Canal do Panamá.
Essa movimentação ocorre em um contexto em que Washington aumentou para US$ 50 milhões (equivalente a cerca de R$ 271 milhões) a recompensa pela captura de Maduro, que é acusado pela Justiça americana de liderar um cartel de drogas. O presidente venezuelano afirmou: “Nem sanções, nem bloqueios, nem guerra psicológica, nem assédio. Não há como entrarem na Venezuela.”
Além disso, Maduro convocou uma nova rodada de alistamento da Milícia Bolivariana, que está programada para sexta e sábado (30). Ele alegou que essa força conta com 4,5 milhões de membros, um número que é contestado por analistas. O grupo, composto por civis com forte ideologia, realizou simulações na presença de Maduro, utilizando escudos que exibiam frases como “duvidar é traição.”