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O primeiro dia de trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi marcado pela atuação do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que conseguiu aprovar por unanimidade seu plano de trabalho. A proposta recebeu elogios de parlamentares de diferentes espectros políticos, sendo destacada pela objetividade, rigor técnico e compromisso em esclarecer os fatos.
Entre as principais medidas, Gaspar apresentou requerimentos para convocar todos os ex-ministros da Previdência dos últimos quatro governos, além do atual ministro e dos ex-presidentes do INSS, incluindo o dirigente em exercício. O conjunto de convocações amplia o alcance das apurações e reforça a postura independente do relator. Ao todo, mais de 35 solicitações de sua autoria foram aprovadas, abrangendo convocações, pedidos de documentos e outras requisições consideradas estratégicas. As primeiras oitivas estão previstas para esta semana.
Em discurso incisivo, o deputado ressaltou que não atuará em defesa de nenhum grupo político, deixando claro que a prioridade será a verdade e a responsabilização de eventuais envolvidos. “Da minha parte, eu não jogarei fora a minha história construída com muita luta, e o único patrimônio que tenho é a minha honra. Não a deixarei de lado para proteger quem quer que seja. Portanto, serei duro e implacável com todos aqueles que cometeram crime, independente de qual governo tenham participado”, afirmou.
Foram incluídos na lista de convocados pelo relator: Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”; o empresário do setor de saúde Maurício Camisotti; os ex-ministros Carlos Lupi, José Carlos Oliveira e Carlos Eduardo Gabas; além de ex-presidentes do Instituto Nacional do Seguro Social como Lindolfo Neto de Oliveira Sales, Leonardo Rolim, Renato Vieira, Alessandro Stefanutto, Elisete Berchiol, Guilherme Serrano, Glauco Wamburg, Leonardo Gadelha, Edison Britto Garcia e Francisco Paulo Soares Lopes. Também estão na relação Marcelo Caetano, ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda; Eliane Viegas Mota, da Controladoria-Geral da União; Bruno Bergamaschi, delegado da Polícia Federal; Patrícia Bettin Chaves, da Defensoria Pública da União; e o advogado Eli Cohen, responsável pelas primeiras investigações que deram origem à Operação da Polícia Federal “Sem desconto”.
O andamento da CPMI do INSS promete semanas intensas em Brasília, com foco no aprofundamento das investigações e na busca de responsabilidades sobre eventuais irregularidades na Previdência.
