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Acidente
21/07/2025 11:00:00

Documentos do BC mostram que bases do Pix foram lançadas em 2018

Documentos do BC mostram que bases do Pix foram lançadas em 2018

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, foi criado pelo Banco Central (BC) e permite transferências rápidas e seguras entre diferentes instituições financeiras. Embora o lançamento oficial tenha ocorrido em novembro de 2020, o conceito começou a ser discutido em 2016, com os fundamentos do sistema sendo estabelecidos em 2018.

No dia 21 de dezembro de 2018, um grupo de trabalho composto por 130 representantes de instituições financeiras, escritórios de advocacia, consultorias e do próprio governo concluiu as bases do Pix, após seis meses de discussões. O comunicado oficial do BC naquele período delineou os alicerces do sistema, que seria lançado no governo do presidente Jair Bolsonaro.

Em 2016, o então presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, lançou a Agenda BC+, uma iniciativa para modernizar o sistema financeiro nacional e promover a inclusão financeira. Um dos principais pilares da Agenda BC+ era melhorar a eficácia do sistema financeiro, e o conceito do sistema de pagamentos instantâneos foi um dos resultados dessa agenda.

Avanços concretos para o Pix começaram em 2018, com a criação do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), voltado para apoiar startups e inovações tecnológicas. No mesmo ano, o BC também criou o Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos, que desenvolveu as bases do Pix. Em dezembro de 2018, Goldfajn destacou a criação do sistema de pagamentos instantâneos no relatório de administração do BC, incluindo um infográfico que detalhava o funcionamento futuro do Pix.

Os testes para o novo sistema começaram em 2020, com o nome Pix sendo oficialmente lançado em fevereiro do mesmo ano. Em novembro de 2020, o BC iniciou os testes do Pix com um pequeno grupo de clientes bancários, e o lançamento oficial aconteceu em 16 de novembro, com a implementação de transferências 24 horas por dia, sete dias por semana.

Desde então, o Pix se consolidou como uma ferramenta de pagamento essencial no Brasil, movimentando cerca de R$ 65 trilhões em cinco anos. Em junho de 2025, o sistema alcançou o recorde mensal de R$ 2,866 trilhões em transações, com 936 instituições financeiras participando do sistema. Em comparação, no mês de lançamento, novembro de 2020, o volume transferido foi de apenas R$ 25,869 bilhões.