O município de Craíbas, localizado no Agreste de Alagoas, registrou um recorde de arrecadação com royalties de mineração no primeiro semestre de 2025, somando R$ 9.108.021,65 entre janeiro e junho. Os dados são da Agência Nacional de Mineração (ANM) e destacam Craíbas como principal fonte de receita do estado nesse segmento.
Para efeito de comparação, todos os demais municípios alagoanos juntos — incluindo Maceió — receberam R$ 3.358.498,95 no mesmo período. Ao todo, Alagoas arrecadou R$ 12.466.520,60 em royalties da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) nos primeiros seis meses do ano.
Em 2024, a arrecadação total do estado foi de R$ 24.058.192,82, sendo que Craíbas ficou com R$ 18.359.985,86 desse total, o equivalente a 75% de toda a receita oriunda da mineração no estado.
A principal fonte de receita econômica do município é o minério de cobre, cuja exploração ocorre desde 2021 no povoado Serrote da Laje, na zona rural de Craíbas. Além do cobre, também são extraídos ferro e ouro. Outros recursos minerais que contribuem com a arrecadação no estado incluem água mineral, granito e demais materiais explorados em regiões afetadas diretamente pela atividade mineradora.
Os repasses da CFEM são destinados a municípios impactados por operações minerais, incluindo localidades com estruturas de transporte, como ferrovias e minerodutos, e atividades portuárias associadas ao setor. Os recursos são utilizados para compensar os impactos da mineração e fomentar o desenvolvimento regional, sendo fundamentais para a execução de políticas públicas locais.
Em março deste ano, o grupo chinês Baiyn Nonferrous concluiu a aquisição da planta da Mineração Vale Verde (MVV), em um negócio avaliado em US$ 420 milhões — mais de R$ 2,3 bilhões. A mina de lavra a céu aberto possui reservas estimadas em 52,7 milhões de toneladas de minérios, com expectativa de operação por 14 anos, podendo ser prorrogada para até 20 anos, segundo informações da ANM.