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Guerra
12/07/2025 18:00:00

Gaza: OMS aponta alta demanda após envio de combustível após meses de escassez

Gaza: OMS aponta alta demanda após envio de combustível após meses de escassez

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a chegada do primeiro carregamento de combustível à Faixa de Gaza após mais de quatro meses de escassez. Foram entregues 75 mil litros, volume considerado insuficiente diante da grande necessidade humanitária na região.

O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, ressaltou que, embora o carregamento represente um alívio momentâneo, a assistência não deve depender de entregas esporádicas, valendo o mesmo para alimentos e outros itens essenciais. A agência defende que o fornecimento seja contínuo para manter em funcionamento ambulâncias, hospitais, usinas de dessalinização, padarias e incubadoras neonatais.

A situação no território segue crítica. Em Deir al-Balah, uma jovem teve sua tenda destruída após ataques aéreos. No mesmo local, um centro médico foi atingido durante a distribuição de suplementos nutricionais, matando pelo menos 15 pessoas, entre elas mulheres e crianças. Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, quase 800 civis já foram mortos enquanto tentavam acessar ajuda humanitária.

O órgão denunciou a militarização de áreas de atendimento médico, alertando que 94% dos hospitais da Faixa de Gaza foram parcial ou totalmente destruídos. Também manifestou preocupação com a reincidência de ataques em filas para distribuição de alimentos e medicamentos, classificando esses atos como possíveis crimes atrozes.

A diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, afirmou que é “inconcebível” que famílias sejam assassinadas enquanto buscam assistência básica para sobreviver. O ataque mais recente ocorreu numa área administrada pelo Projeto Esperança, organização humanitária americana parceira do Unicef.

Segundo o Exército de Israel, a ação teve como alvo um integrante do Hamas supostamente envolvido nos atentados de 7 de outubro de 2023. No entanto, o Escritório de Direitos Humanos da ONU expressou sérias preocupações quanto ao respeito aos princípios fundamentais do direito internacional humanitário, como os de distinção entre civis e combatentes e o princípio da proporcionalidade no uso da força.