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Acidente
12/07/2025 15:00:00

Alagoas teve saldo migratório negativo de 42.630 pessoas entre 2017 e 2022, aponta Censo

Alagoas teve saldo migratório negativo de 42.630 pessoas entre 2017 e 2022, aponta Censo

Entre 2017 e 2022, Alagoas registrou uma saída líquida de 42.630 moradores, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 27 de junho. No período analisado, 74.772 pessoas se mudaram para o estado, enquanto 117.402 deixaram o território alagoano em direção a outras unidades da Federação.

A maior parte dos emigrantes alagoanos se dirigiu à Região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo. O fenômeno segue uma tendência nacional que, nesse intervalo, contabilizou cerca de 19,2 milhões de brasileiros residindo fora de sua região de origem. Dentre eles, 10,4 milhões nasceram no Nordeste, e 65,5% migraram para o Sudeste do país.

No extremo oposto, Santa Catarina apresentou o maior saldo migratório positivo entre os estados brasileiros: 354.650 pessoas. O estado recebeu 503.580 novos moradores vindos de outras regiões e contabilizou a saída de 149.230 indivíduos.

A geógrafa e mestre Rayane Mendonça explica que a migração de nordestinos para o Sudeste tem causas históricas e econômicas. Segundo ela, “a região Nordeste historicamente apresenta saldo migratório negativo, principalmente pela busca de melhores oportunidades de trabalho em outras regiões, especialmente no Sudeste. Muitos trabalhadores migram atraídos por salários mais altos e por vagas em setores que ainda não estão suficientemente desenvolvidos no Nordeste”.

Rayane também destaca que o Sudeste é visto como um centro econômico, industrial e tecnológico, o que reforça a expectativa de melhores condições de vida. “É comum que essas pessoas inicialmente migrem sozinhas para se estabelecerem e, depois de algum tempo, tragam suas famílias”, conclui.