A Polícia Civil de Alagoas apresentou o balanço das ações realizadas no enfrentamento à violência contra a mulher durante os primeiros seis meses deste ano, registrando um número recorde de prisões com base na Lei Maria da Penha.
Segundo dados do setor de estatística e análise criminal da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), os pedidos de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) cresceram expressivamente em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o estado, o aumento foi de 31%, enquanto em Maceió esse percentual chegou a 32%.
O número de prisões também apresentou crescimento. Foram contabilizadas 1.400 prisões em Alagoas no primeiro semestre de 2025, frente às 1.099 registradas no mesmo período do ano anterior, representando uma alta de 27,4%. Em Maceió, o salto foi ainda mais significativo, com 484 prisões contra 365 em 2024, o que corresponde a um acréscimo de 32,6%.
Para a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), o aumento reflete o fortalecimento da rede de acolhimento e a disposição das vítimas em denunciar. “É essencial que a mulher se sinta segura para procurar ajuda. O sistema de proteção está estruturado para oferecer esse apoio e assegurar a integridade das vítimas”, afirmou.
O avanço nos pedidos de medidas protetivas e nas prisões também demonstra maior credibilidade das mulheres em relação aos órgãos de segurança, que vêm se tornando mais eficazes e acessíveis no combate à violência doméstica. Cada registro representa uma mulher que buscou amparo e teve acesso à proteção oferecida pelo estado.
O Governo de Alagoas tem reforçado as políticas públicas de proteção às mulheres, com investimentos constantes em infraestrutura, qualificação de servidores, tecnologia e integração entre diferentes instituições. Essa atuação articulada tem contribuído de maneira decisiva para preservar vidas e garantir que as mulheres possam viver sem medo e livres da violência.