A Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vão investigar possíveis irregularidades na formação de preços da gasolina, óleo diesel e gás de cozinha em postos de combustíveis, após solicitação feita nesta quinta-feira (3) pela Advocacia-Geral da União (AGU). A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) também foi acionada para acompanhar o caso.
De acordo com a manifestação encaminhada aos órgãos competentes, o governo federal identificou indícios de condutas anticoncorrenciais por parte de distribuidoras e revendedoras. Segundo informações obtidas pelo Ministério de Minas e Energia, as reduções nos preços realizadas pelas refinarias entre julho de 2024 e junho de 2025 não foram integralmente repassadas ao consumidor final.
O levantamento aponta que, embora os preços tenham sido reduzidos pela Petrobras no período analisado, revendedores e distribuidores aplicaram apenas cortes parciais, o que teria gerado ganhos extras às empresas e prejuízo direto aos consumidores.
A AGU também destacou que, nos momentos em que houve reajustes para cima nas refinarias, os postos teriam repassado os aumentos de forma integral — e até superior ao valor praticado originalmente —, penalizando ainda mais o consumidor final.