O dólar comercial fechou esta segunda-feira (30) em baixa de 0,91%, cotado a R$ 5,4335 — o menor patamar desde setembro do ano passado. Com o resultado, a moeda norte-americana acumulou uma queda de 12,07% no primeiro semestre de 2025, revertendo a tendência de alta registrada no fim de 2024.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 1,45% no dia, encerrando o mês aos 138.854,6 pontos. No acumulado do semestre, o índice registra valorização de 15,44%.
A desvalorização do dólar reflete principalmente o maior apetite de investidores estrangeiros por ativos de mercados emergentes, diante de sinalizações do governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, sobre possíveis acordos para conter a escalada tarifária. O prazo final das negociações em torno do “tarifaço” termina em 9 de julho, e há expectativa de que a administração americana firme acordos com países estratégicos, como o Canadá.
Outro fator que contribuiu para a tendência de queda da moeda foi o recente arrefecimento das tensões no Oriente Médio, o que trouxe mais estabilidade ao cenário internacional.
Otimismo interno impulsiona a bolsa
No Brasil, a alta do Ibovespa nesta segunda-feira foi influenciada por dados mais positivos no cenário econômico doméstico. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, apontou uma nova redução na expectativa de inflação para 2025 — a quinta queda consecutiva — passando de 5,24% para 5,2%.
Outro dado que animou os mercados foi o divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou a criação de 149 mil empregos formais em maio, reforçando sinais de recuperação no mercado de trabalho.
Combinando fatores externos e internos, o semestre encerra com sinais de fortalecimento do real e valorização do mercado de ações brasileiro, em meio a perspectivas mais favoráveis para a economia nacional e o cenário global.