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Geral
01/06/2025 02:00:00

PF é acionada para investigar morte de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

PF é acionada para investigar morte de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

A Polícia Federal foi acionada pela Defensoria Pública da União para investigar as circunstâncias da morte de Juliana Marins, brasileira que caiu na cratera do vulcão Rinjani, na Indonésia. A família da jovem solicita uma nova autópsia no Brasil e acusa os serviços de resgate indonésios de negligência.

Nove dias após o acidente, o translado do corpo foi confirmado e deve chegar ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (1º). A Advocacia-Geral da União informou que o voo foi antecipado, apesar de a Emirates ter alegado “restrições operacionais” que dificultaram os preparativos anteriores. O pai de Juliana, que estava na Indonésia, desembarcou nesta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Galeão.

O primeiro exame foi realizado em um hospital na ilha de Bali e concluiu que Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e hemorragias internas causadas por traumas no tórax e nas costas. A Defensoria Pública da União encaminhou à Justiça Federal o pedido de uma nova autópsia, mas ainda aguarda resposta.

A jovem caiu na cratera do vulcão no último sábado, ainda com vida. No entanto, o socorro só chegou cerca de 90 horas depois. O corpo foi resgatado por voluntários e por uma equipe de resgate na quarta-feira seguinte.

O governador da província indonésia de Sonda Ocidental, onde está localizado o Monte Rinjani, divulgou um vídeo direcionado aos brasileiros. Ele reconheceu a precariedade da estrutura para operações de resgate na montanha e afirmou que medidas serão tomadas para reforçar a segurança da trilha.

Abdul Agam, o alpinista que alcançou o corpo de Juliana após descer 600 metros na cratera, chegou a ser homenageado nas redes sociais. Ele passou a noite ao lado do corpo para evitar que deslizasse ainda mais. Uma campanha de arrecadação criada para ajudá-lo arrecadou mais de R$ 500 mil, mas foi suspensa após críticas à taxa de 20% cobrada pela plataforma. Os valores doados serão devolvidos.

Em Niterói, cidade onde Juliana morava com a família, o mirante da Praia do Sossego foi rebatizado em homenagem à jovem, recebendo uma placa com seu nome e fotografia.