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Política
30/06/2025 18:00:00

Líder do PL na Câmara acusa STF de perseguir candidatos de direita ao Senado

Líder do PL na Câmara acusa STF de perseguir candidatos de direita ao Senado

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, acusou neste domingo (29) o Supremo Tribunal Federal (STF) de perseguir possíveis candidatos de direita com chances reais de eleição ao Senado. A declaração foi feita durante discurso no ato “Justiça Já”, realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e organizado pelo pastor Silas Malafaia.

Durante o evento, Sóstenes afirmou que a Justiça brasileira precisa atuar de forma imparcial e destacou que, segundo ele, 65 parlamentares estão sob investigação do STF, sendo 39 deles do PL. “Os demais investigados, também pertencentes a partidos de centro, são todos de direita”, declarou.

O deputado também prestou homenagens a nomes da direita que, segundo ele, são alvo de perseguição judicial, como o ex-deputado Daniel Silveira, a deputada Carla Zambelli e o general Braga Netto. “Tenho certeza de que o povo dará o recado em 2026: o Brasil é conservador”, concluiu.

A Constituição Federal, em seu artigo 52, estabelece que cabe ao Senado julgar pedidos de impeachment contra ministros do STF. Esse mecanismo, no entanto, é politicamente sensível e de aplicação rara, exigindo o voto favorável de dois terços dos senadores.

No mesmo evento, o líder da Oposição na Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), reforçou apoio a Bolsonaro, destacando-o como “símbolo do patriotismo e civismo” e defendendo o voto impresso auditável.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, também discursou, afirmando que há um desequilíbrio na Justiça brasileira. “Todos sabem que Bolsonaro não está sendo julgado, está sendo submetido a uma inquisição. Juiz que atua como parte não é juiz, é perseguidor”, declarou. Em seguida, completou: “Não é que faltem provas para condená-lo – as provas mostram, pai, que você é inocente. E liberdade não se negocia.”

Durante o ato, parlamentares também mencionaram o estado de saúde de Jair Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia realizada em abril, consequência de complicações da facada sofrida em 2018.