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Geral
30/06/2025 02:00:00

Barbas têm mais micróbios que privadas? O que diz a ciência

Barbas têm mais micróbios que privadas? O que diz a ciência

A barba humana sempre gerou opiniões divididas: ora símbolo de estilo, ora alvo de preocupações com higiene. Mas afinal, elas são mesmo tão sujas quanto dizem? Segundo a ciência, a resposta depende diretamente dos cuidados com a limpeza.

A pele humana, naturalmente, abriga bilhões de micro-organismos – principalmente bactérias, mas também fungos e vírus. Os pelos faciais criam um ambiente quente e úmido, onde resíduos de gordura e restos de alimentos se acumulam com facilidade, criando condições propícias para a proliferação de micróbios. O contato frequente das mãos com o rosto também contribui para a exposição constante a novos agentes contaminantes.

Alguns estudos apontam que a barba pode abrigar mais germes do que a tampa de um vaso sanitário. Uma pesquisa chegou a comparar a quantidade de microrganismos na barba de homens com a pelagem de cães e constatou que os pelos humanos apresentavam uma diversidade microbiana ainda maior – incluindo bactérias potencialmente nocivas. Mesmo assim, o estudo concluiu que os cães não representam risco ao compartilhar equipamentos médicos com humanos, como aparelhos de ressonância magnética.

Apesar dessas descobertas, há também estudos que contestam a ideia de que a barba represente perigo à saúde. Uma dessas pesquisas indicou que médicos barbudos não apresentavam maior risco de transmissão de bactérias hospitalares quando comparados aos colegas de rosto liso. Curiosamente, foi observado que eles tinham até menor incidência da bactéria Staphylococcus aureus, causadora comum de infecções hospitalares. Além disso, pacientes atendidos por cirurgiões barbudos, que usavam máscaras, não apresentaram maior índice de infecção.

Ainda assim, especialistas alertam que a barba pode ser um vetor para infecções de pele, como o impetigo, e, em situações de higiene precária, até abrigar parasitas como o piolho-da-púbis. Isso reforça a necessidade de cuidados diários.

Dermatologistas recomendam lavar a barba e o rosto todos os dias com água e sabão, retirar resíduos com pente, manter os pelos aparados e hidratá-los para evitar o ressecamento. Essas práticas não apenas previnem irritações, inflamações e infecções, mas também contribuem para a saúde e aparência da barba.

Em resumo, barbas não são sujas por natureza. Com higiene regular e cuidados básicos, elas não representam riscos significativos à saúde e podem ser tão limpas quanto qualquer outra parte do corpo. O segredo está na forma como são mantidas.