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A partir de julho, a população brasileira será convidada a participar do Plebiscito Popular, uma consulta nacional que propõe debater duas pautas centrais: o fim da escala de trabalho 6×1, que limita o descanso e a convivência familiar dos trabalhadores, e a taxação mais elevada para os super-ricos – aqueles que recebem a partir de R$ 50 mil mensais – com o objetivo de isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A iniciativa, organizada por diversas entidades e movimentos sociais, visa mobilizar a sociedade em torno da construção de um país mais justo e menos desigual. O Brasil está entre os países mais desiguais do mundo e, segundo os organizadores, o plebiscito busca pressionar por reformas estruturais que atendam às necessidades da maioria da população.
A proposta surge em resposta à resistência de setores do Congresso Nacional, onde há forte presença de interesses empresariais e pouca representação de trabalhadores, frente a medidas que buscam reduzir desigualdades. Diante desse cenário, o Plebiscito Popular é apresentado como uma ferramenta de mobilização cidadã e fortalecimento do campo democrático-popular.
No Rio Grande do Sul, a organização do plebiscito conta com a participação da dirigente sindical e partidária Neiva Lazzarotto e de Lucas Monteiro, representante do Levante Popular da Juventude e coordenador estadual da campanha. Para eles, a consulta pública é também um instrumento político de preparação para os enfrentamentos eleitorais e sociais de 2026.
O tema foi debatido no podcast De Fato, uma produção do Brasil de Fato RS em parceria com o SindBancários de Porto Alegre e Região, que traz semanalmente discussões sobre os principais assuntos do estado, do Brasil e do mundo. A edição contou com apresentação de Katia Marko e Ayrton Centeno, com direção de Marcelo Ferreira e roteiro de Centeno.
