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Saúde
27/06/2025 08:00:00

Cinco sinais silenciosos da doença renal crônica que não deve ignorar

Cinco sinais silenciosos da doença renal crônica que não deve ignorar

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição progressiva que pode evoluir sem apresentar sintomas claros nas fases iniciais, dificultando o diagnóstico precoce. De acordo com o nefrologista Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal, muitas pessoas associam problemas nos rins a dores lombares ou mudanças visíveis na urina, quando, na realidade, os primeiros indícios podem ser discretos e confundidos com outros problemas de saúde.

Um dos sintomas é a fadiga e o cansaço fora do comum, consequência da redução na produção de eritropoietina, hormônio que estimula a geração de glóbulos vermelhos. Esse processo pode levar à anemia, provocando exaustão mesmo após descanso adequado. Zawadzki alerta que muitos pacientes sentem esse cansaço extremo sem relacionar o sintoma ao funcionamento dos rins.

Outro indicativo é a alteração no padrão urinário, que pode se manifestar por urina espumosa — sinal da presença de proteínas —, aumento da frequência urinária, especialmente durante a noite, ou diminuição do volume de urina. Esses sinais revelam falhas no processo de filtração renal.

A retenção de líquidos, visível por inchaço nos pés, tornozelos e ao redor dos olhos, também é um dos sintomas silenciosos. Ela decorre da incapacidade dos rins de eliminar o excesso de líquidos do corpo, independentemente do consumo de sal.

Além disso, coceiras persistentes e pele ressecada são provocadas pelo acúmulo de toxinas, como fósforo e ureia, no sangue. Esses compostos afetam o equilíbrio mineral e provocam prurido, que não melhora com cremes ou hidratantes comuns.

Por fim, a pressão arterial elevada é um alerta importante. Os rins regulam a pressão arterial, e, quando estão comprometidos, essa função é afetada. A hipertensão, por sua vez, agrava ainda mais a lesão renal, criando um ciclo perigoso. Muitas pessoas só descobrem a doença renal durante exames para investigar uma pressão alta de difícil controle.

Segundo o especialista, a prevenção é o caminho mais eficaz. Zawadzki recomenda a realização de exames simples, como dosagem de creatinina e pesquisa de proteína na urina, principalmente em pessoas com diabetes, hipertensão ou histórico familiar da doença. O diagnóstico precoce permite intervenções que ajudam a retardar a progressão da DRC e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.