09/07/2025 22:30:00

Economia
25/06/2025 10:00:00

Dólar e Bolsa fecham em alta com expectativa de trégua entre Israel e Irã

Dólar e Bolsa fecham em alta com expectativa de trégua entre Israel e Irã

O dólar e a Bolsa de Valores encerraram esta terça-feira (24) em alta, influenciados pela trégua entre Israel e Irã após 12 dias de tensão no Oriente Médio e pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu 0,45%, aos 137.164,61 pontos, revertendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. Já o dólar comercial registrou valorização de 0,29%, fechando cotado a R$ 5,519.

A recuperação dos ativos ocorreu em meio ao anúncio do cessar-fogo entre os dois países, que trouxe certo alívio aos mercados. Paralelamente, a ata do Copom divulgada nesta terça repercutiu entre os investidores ao destacar a preocupação com o cenário fiscal brasileiro e apontar que as expectativas de inflação seguem elevadas em diferentes frentes.

Na semana passada, o Copom optou por uma elevação mais moderada da taxa Selic, subindo-a em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano — o maior patamar desde julho de 2006. Essa decisão refletiu o desafio de equilibrar os riscos inflacionários com a fragilidade do ambiente fiscal.

Os mercados internacionais também reagiram positivamente às declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante audiência no Congresso dos EUA. Powell sinalizou que o banco central americano não está com pressa para cortar os juros, mas que, se as pressões inflacionárias permanecerem controladas, reduções nas taxas poderão ocorrer mais cedo do que o esperado.

O economista Nikolas Lobo, da Nomad, avaliou que o discurso de Powell indica uma postura cautelosa, mesmo diante da pressão da Casa Branca por cortes nos juros. Ele destacou que o Fed está adotando uma abordagem paciente para compreender melhor o rumo da economia norte-americana.

O movimento conjunto entre fatores geopolíticos e decisões de política monetária ajudou a impulsionar o desempenho dos ativos brasileiros, ainda sob um cenário de cautela diante dos desafios econômicos internos e das incertezas externas.