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Mundo
25/06/2025 06:00:00

Trump participa de cúpula da Otan na Holanda após celebrar cessar-fogo no Oriente Médio

Trump participa de cúpula da Otan na Holanda após celebrar cessar-fogo no Oriente Médio

Após anunciar o cessar-fogo entre Irã e Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou nesta terça-feira (24) na Holanda para participar da cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O encontro reúne os 32 países membros da aliança militar para discutir segurança global e o aumento dos investimentos em defesa diante de crescentes tensões internacionais.

Durante a abertura do evento, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, destacou a importância da cooperação transatlântica. “Não há defesa sem uma indústria militar forte e não há segurança europeia sem uma forte ligação transatlântica”, afirmou.

Os países-membros avaliam uma proposta para elevar os gastos militares de 2% para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), uma medida considerada estratégica diante do atual cenário geopolítico, que inclui o envolvimento dos EUA no Oriente Médio e a ameaça persistente da Rússia, comandada por Vladimir Putin.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou a urgência de reforçar a estrutura militar do bloco. “Sabemos que a Rússia será capaz de testar nossa defesa nos próximos cinco anos, então, até 2030, devemos ter tudo que precisamos para nos proteger”, declarou.

Embora a Ucrânia ainda não integre formalmente a Otan, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi convidado para a cúpula e deve se reunir com Trump em meio às discussões sobre segurança e apoio militar contínuo.

Esta é a primeira participação de Trump em uma cúpula da Otan desde seu retorno à presidência no início de 2025. Famoso por suas críticas ao que considera um esforço desigual dos aliados europeus em matéria de defesa, o presidente americano voltou a pressionar por mais comprometimento financeiro. Ainda a caminho da Europa, Trump comentou a recusa da Espanha em aderir à meta de 5% do PIB em gastos militares. “Há sempre um problema com a Espanha. É muito injusto com os outros países”, criticou.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, rebateu as críticas afirmando que a Espanha já havia firmado um compromisso com a Otan para elevar os investimentos até 2,1% do PIB. Ele classificou como desnecessário e desproporcional qualquer aumento superior a esse índice, acrescentando que isso não tornaria o país um aliado mais seguro ou eficaz.

A cúpula segue por mais um dia, com foco em cooperação militar, investimentos estratégicos e avaliação das ameaças globais, especialmente as relacionadas ao conflito no Leste Europeu e à instabilidade no Oriente Médio.