O Ministério da Saúde do Camboja confirmou, no sábado (21), a quinta morte por gripe aviária no país em 2025. A vítima mais recente foi um homem de 52 anos, morador da região de Svay Rieng, que apresentou sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar após ter contato com galinhas doentes e mortas. O número de óbitos registrados este ano no país já soma cinco. No cenário global, são dez vítimas fatais.
No mês anterior, um menino de 11 anos morreu após contrair o vírus H5N1. O governo informou que havia relatos de galinhas e patos doentes nas proximidades da residência da criança. Antes disso, o Camboja já havia registrado três outras mortes: um homem de 28 anos em janeiro, uma criança de dois anos em fevereiro e uma menina de três anos em março, todas com histórico de contato com aves infectadas.
Casos no mundo e alerta global
Fora do Camboja, também foram registradas mortes por gripe aviária em 2025. Nos Estados Unidos, um homem de 65 anos morreu após contato com aves domésticas contaminadas. Já em abril, duas crianças morreram: uma no México, possivelmente infectada durante visita a um zoológico, e outra na Índia, após consumir carne de frango crua.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 22 de abril, dez casos de gripe aviária em humanos haviam sido confirmados mundialmente em 2025. Desde 2003, o total de registros chega a 973 infecções com 470 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 48,3%. Entre 2020 e 2024, foram 102 infecções, com dez óbitos — sendo 68 casos apenas nos Estados Unidos.
Situação no Brasil
No Brasil, a gripe aviária foi detectada pela primeira vez em aves silvestres em maio de 2023. Em maio de 2025, houve um único caso em granja comercial no Rio Grande do Sul, o que resultou na aplicação de protocolos de contenção. O país já recuperou o status de livre da doença, segundo as autoridades sanitárias. Ao todo, desde 2023, foram registrados 175 casos da doença em aves no Brasil, sem confirmação de casos em humanos até o momento.
A transmissão da gripe aviária em humanos ocorre geralmente pelo contato direto com animais infectados, reforçando a necessidade de vigilância e prevenção sanitária, especialmente em ambientes com criação de aves.