Balão com passageiros realiza pouso forçado em Sorocaba no mesmo dia de tragédia aérea em SC

Na manhã deste sábado (21), um balão tripulado precisou fazer um pouso forçado em uma área aberta da cidade de Sorocaba, no interior paulista. Apesar do momento de tensão, nenhuma pessoa ficou ferida.

O incidente coincidiu com um acidente trágico ocorrido em Praia Grande, em Santa Catarina, também envolvendo um balão, que resultou na morte de oito pessoas e deixou outras 13 feridas. Nesse caso, as vítimas foram lançadas ao chão após o cesto pegar fogo. O piloto, que sobreviveu, contou que as chamas começaram logo após o acionamento do maçarico.

O pouso em Sorocaba envolveu um dos três balões que decolaram de Boituva, município conhecido por atividades de balonismo e paraquedismo. Segundo a Polícia Militar, por volta das 8h40, um dos balões precisou descer devido à intensidade dos ventos. A corporação confirmou que todos os 15 ocupantes — dez paraquedistas e cinco familiares — não sofreram nenhum ferimento.

Os paraquedistas saltaram ainda em Boituva, o que reduziu o peso a bordo. Isso deixou o balão mais suscetível às correntes de vento, levando à necessidade do pouso em Sorocaba. De acordo com o piloto William Aguilar, o balão tocou o solo com o cesto ainda em pé, tombando apenas após ser esvaziado. Ele relatou que todo o equipamento foi recolhido e já retornou à cidade de origem.

Embora a Polícia Militar tenha registrado a ocorrência como um pouso de emergência, o piloto discordou da classificação. Para Aguilar, a manobra ocorreu sem nenhum imprevisto.

“Foi um pouso normal, como qualquer outro em um bom dia de voo. Não houve problema algum. Descemos com o cesto em pé. As pessoas dentro nem sentiram o impacto, na verdade”, declarou.

A opinião foi compartilhada por Johnny Alvarez, presidente da Confederação Brasileira de Balonismo (CBB), que explicou que esse tipo de pouso é considerado seguro e pode ser realizado com o cesto em pé ou deitado, conforme as condições do vento e do terreno.