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Saúde
21/06/2025 09:00:00

Sedentarismo é o novo cigarro? Cardiologista faz alerta sobre os riscos da inatividade física

Sedentarismo é o novo cigarro? Cardiologista faz alerta sobre os riscos da inatividade física

O sedentarismo já ocupa lugar de destaque entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares no mundo, sendo comparado por especialistas aos danos provocados pelo tabagismo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,4 bilhão de adultos não praticam o mínimo recomendado de atividade física, o que contribui para milhões de mortes evitáveis.

De acordo com a cardiologista Fernanda Weiler, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a comparação entre sedentarismo e cigarro é cada vez mais evidente. “O sedentarismo é o novo cigarro. Ele aumenta significativamente o risco de infarto, AVC, hipertensão, diabetes tipo 2 e até de alguns tipos de câncer”, afirma.

Para não ser considerado sedentário, a OMS recomenda ao menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana — o equivalente a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. No entanto, em meio às rotinas agitadas, muitas pessoas não conseguem atingir esse mínimo.

Segundo Fernanda, é possível incorporar o movimento de forma prática no cotidiano, mesmo sem frequentar uma academia. “Atitudes simples como subir escadas, caminhar enquanto fala ao telefone, descer um ponto antes do ônibus ou fazer pausas para se alongar durante o expediente já fazem diferença. O importante é evitar longos períodos sentado e criar oportunidades para o corpo se mover.”

Estudos mostram que até 10 minutos diários de caminhada podem reduzir o risco cardiovascular em pessoas sedentárias. A atividade física regular ajuda a melhorar a função endotelial, controlar o colesterol e reduzir em até 35% a probabilidade de doenças cardíacas.

“Mais do que estética, estamos falando de saúde real. Atividades físicas melhoram o sono, aumentam a disposição e ajudam no controle do estresse — fatores que impactam diretamente na saúde do coração”, destaca a especialista.

Fernanda finaliza com uma recomendação prática: “Não espere o momento ideal. Comece com o que está ao seu alcance, estabeleça metas simples e constantes. O movimento é gratuito e tem um enorme potencial de transformar sua saúde.”