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Mundo
20/06/2025 20:00:00

Em Dia Mundial, líder da ONU apela por mais solidariedade com refugiados

Em Dia Mundial, líder da ONU apela por mais solidariedade com refugiados

No Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo contundente por mais solidariedade prática com milhões de pessoas forçadas a deixar seus lares por guerras, perseguições e desastres. Segundo ele, a solidariedade precisa ir além das palavras e se transformar em ações concretas como ampliação do apoio humanitário, proteção efetiva, reassentamento e respeito ao direito internacional de buscar asilo.

Guterres alertou para o fechamento de fronteiras e o avanço da xenofobia, o que tem dificultado ainda mais a vida de refugiados que fogem de conflitos devastadores em países como Sudão, Ucrânia, Haiti e Mianmar. Ele destacou que cada pessoa deslocada carrega uma história de perda profunda e um futuro incerto, muitas vezes enfrentando hostilidade e abandono nos países anfitriões.

O chefe das Nações Unidas classificou como "injusta e insustentável" a atual redução do apoio internacional aos refugiados. Ele lembrou que, apesar da falta de recursos, essas populações continuam demonstrando coragem e resiliência e que, quando recebem oportunidade, contribuem significativamente para as sociedades que os acolhem. Guterres defendeu investimentos em educação, trabalho digno e igualdade de direitos como meios essenciais para promover a integração a longo prazo.

Enquanto isso, a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) anunciou cortes severos em sua estrutura global, após uma drástica queda no financiamento humanitário em relação ao ano anterior. A reestruturação inclui o fechamento ou redução de escritórios, a eliminação de quase metade dos cargos sêniores em Genebra e em escritórios regionais, além da extinção de cerca de 3,5 mil postos de trabalho. Profissionais temporários também foram dispensados, e a agência estima uma redução de aproximadamente 30% nos custos de pessoal em todo o mundo.

Mesmo com esses desafios, Guterres reforçou que a responsabilidade de proteger os refugiados é coletiva e urgente, e que é preciso enfrentar essa crise com empatia, compromisso e ação concreta.