Na madrugada desta quarta-feira (18), Israel intensificou sua ofensiva contra o Irã, realizando novos bombardeios que atingiram uma instalação de produção de centrífugas utilizadas no enriquecimento de urânio. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), o alvo fazia parte de um esforço estratégico para comprometer o suposto programa nuclear militar iraniano.
As centrífugas atacadas são empregadas para produzir combustível nuclear, normalmente destinado a usinas de energia. No entanto, Israel alega que o Irã tem enriquecido urânio acima de 60%, ultrapassando o limite necessário para uso civil. Caso esse enriquecimento alcance 90%, o país estaria tecnicamente apto a fabricar armas nucleares.
“Foi atacado um local de produção de centrífugas em Teerã, como parte do esforço para frear o desenvolvimento de armas nucleares pelo regime iraniano. O nível de enriquecimento atual do Irã não é compatível com fins pacíficos”, declarou o exército israelense.
Mais de 50 caças da Força Aérea de Israel participaram da operação, que também destruiu instalações de produção de sistemas e componentes para mísseis terra-terra e terra-ar — equipamentos que fazem parte do aparato bélico estratégico iraniano.
Em retaliação, o Irã voltou a lançar mísseis contra o território israelense. Sirenes de alerta foram acionadas no norte de Israel, sinalizando uma possível infiltração de aeronaves hostis. As forças de defesa acionaram os sistemas antiaéreos para interceptar as ameaças, e a população foi orientada a permanecer em áreas protegidas até novo aviso.
O conflito, que teve início na quinta-feira (12), escalou rapidamente após Israel atacar bases militares iranianas. Desde então, a tensão aumentou com bombardeios a centros nucleares como Natanz e a ataques direcionados a altos comandantes militares iranianos, como o general Ali Shadmani, morto recentemente.
O saldo dos ataques já ultrapassa 200 mortos no Irã e 24 em Israel. A escalada bélica tem provocado preocupação mundial. Organizações como a ONU e o G7 apelaram por um cessar-fogo urgente. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reforçou o apelo por diálogo e diplomacia, diante do risco de uma guerra de proporções nucleares.