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Guerra
18/06/2025 06:00:00

Bombardeios russos deixam ao menos 16 mortos em Kiev:

Bombardeios russos deixam ao menos 16 mortos em Kiev:

Ao menos 16 pessoas morreram, entre elas um cidadão americano, durante uma série de bombardeios russos contra a cidade de Kiev nesta terça-feira, 17 de junho. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky classificou o episódio como "um dos piores ataques" à capital desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Zelensky afirmou nas redes sociais que mais de 440 drones e 32 mísseis foram lançados contra Kiev e outras regiões do país. Em Kiev, uma área inteira de um edifício residencial foi destruída. Equipes de resgate seguiam trabalhando nos escombros em busca de sobreviventes.

De acordo com o ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, 27 pontos diferentes foram atingidos somente na capital. O número de feridos chegou a 139. Entre as vítimas fatais está um americano de 62 anos, que morreu em sua residência no distrito de Solomyansky, segundo confirmou o prefeito Vitali Klitschko.

Moradores relataram momentos de desespero. Uma mulher descreveu que todos os apartamentos de três cômodos do prédio atingido foram completamente destruídos. Socorristas, voluntários e familiares buscavam por desaparecidos ao redor dos destroços.

Ataques em outras cidades e clima de medo

Os bombardeios também afetaram Odessa, onde uma pessoa morreu e outras 13 foram hospitalizadas, segundo o governador Oleg Kiper. Ele alertou que ainda há possibilidade de vítimas presas sob os escombros. Já na região de Sumy, no norte, ao menos uma morte foi confirmada pelas autoridades locais.

Em Kiev, centenas de moradores buscaram abrigo em estações de metrô durante a madrugada, alguns levando seus animais de estimação. Muitos imóveis residenciais, escolas e estruturas públicas foram atingidos.

Uma estudante de 20 anos descreveu a noite como "infernal". Outro morador, chamado Seguii, contou que foi acordado por uma explosão que destruiu sua janela, cobrindo-o com estilhaços de vidro.

Conflito na Ucrânia ganha menos atenção internacional

Os ataques ocorreram em meio à cúpula do G7 no Canadá, onde o foco internacional está dividido por causa da escalada do conflito entre Israel e Irã. Zelensky pediu que a comunidade global não ignore as agressões russas. Ele acusou o presidente russo Vladimir Putin de agir porque "sabe que pode continuar a guerra".

O chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak, denunciou que a Rússia ataca civis deliberadamente. Em resposta, Moscou alegou que os alvos eram exclusivamente infraestruturas militares e afirmou ter interceptado cerca de 200 drones ucranianos sobre seu território.

Sem avanços nas negociações de paz

As negociações entre Ucrânia e Rússia continuam paralisadas. Moscou rejeita um cessar-fogo sem condições, enquanto Kiev descarta os termos impostos por Moscou, classificados como ultimatos. Zelensky havia manifestado interesse em dialogar com o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre apoio militar, mas o encontro foi cancelado após Trump encurtar sua participação na cúpula.

Yermak criticou a falta de uma reação mais firme da comunidade internacional. “Quantas pessoas e crianças ainda precisam morrer para que o mundo civilizado reaja de forma adequada?”, questionou.