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Guerra
16/06/2025 18:00:00

Netanyahu descarta negociação com Irã e admite possibilidade de matar líder supremo

Netanyahu descarta negociação com Irã e admite possibilidade de matar líder supremo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (16) que não há chance de retomar negociações com o Irã, acusando Teerã de manipular o processo diplomático. Em entrevista à rede americana ABC News, ele afirmou que os iranianos "não querem sentar à mesa de negociações, querem explodir a mesa". Segundo ele, o país persa apenas finge dialogar enquanto engana os Estados Unidos. "Temos informações muito sólidas sobre isso", disse.

Netanyahu também reconheceu que os esforços diplomáticos liderados pelos EUA nos últimos dois meses fracassaram. "Como isso não aconteceu da maneira diplomática, tivemos que agir", justificou. Ao ser questionado sobre a possibilidade de eliminar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, Netanyahu foi direto: "Não descarto isso. Estamos fazendo o que temos que fazer".

A fala do primeiro-ministro contraria abertamente as preocupações da Casa Branca, que teme que ações dessa natureza agravem o conflito e provoquem uma escalada regional. Netanyahu, por outro lado, acredita que um ataque direto ao alto comando iraniano encerraria as hostilidades: "Não vai escalar, vai acabar com o conflito", assegurou. Para ele, o regime iraniano é o principal fator de instabilidade no Oriente Médio. "Estamos há meio século enfrentando esse regime que aterroriza a região. O Irã quer a guerra eterna e está nos arrastando para uma guerra nuclear."

Segundo o premiê, a ofensiva de Israel visa conter essa ameaça. "O que Israel está fazendo é impedir esse desfecho, enfrentando as forças do mal", afirmou. Netanyahu ainda mencionou a colaboração americana nas ações de defesa, revelando que "pilotos dos EUA estão nos ajudando a derrubar drones" e agradeceu o presidente americano Donald Trump pelo apoio. Ele concluiu dizendo que toda ajuda dos Estados Unidos será bem-vinda "da maneira que o presidente Trump quiser".