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Saúde
15/06/2025 21:00:00

Casos de síndrome respiratória crescem entre crianças e idosos em Maceió, aponta Fiocruz

Casos de síndrome respiratória crescem entre crianças e idosos em Maceió, aponta Fiocruz

Maceió e o estado de Alagoas entraram em nível de alerta para casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com tendência de crescimento no longo prazo. A informação foi divulgada no boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no dia 12 de junho.

O levantamento aponta que Alagoas está entre as 21 unidades federativas com incidência elevada de SRAG. A capital, Maceió, aparece entre as 17 cidades com risco alto da doença. O boletim destaca o aumento de casos principalmente entre crianças de 2 a 4 anos e idosos.

Além de Alagoas, estados como Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo também apresentam nível de alerta, risco ou alto risco de SRAG.

Entre as capitais, além de Maceió, o sinal de alerta foi registrado em Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís.

Segundo a Fiocruz, os números em 2025 indicam crescimento expressivo da síndrome em comparação com os dois anos anteriores. Houve aumento de 91% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, foram notificados 93.779 casos no Brasil. Os principais agentes causadores das hospitalizações foram os vírus influenza A (24,5%), vírus sincicial respiratório – VSR (45,1%), rinovírus (22,3%), influenza B (1,1%) e Covid-19 (9,9%).

No mês mais recente analisado, os dados apontam prevalência de 45,5% de VSR, 40% de influenza A, 16,6% de rinovírus, 1,6% de Covid-19 e 0,8% de influenza B entre os casos positivos.

A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, reforça a importância da vacinação contra a gripe como forma de evitar quadros graves. “Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos da doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país”, afirmou.

A vacina da gripe está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil. O imunizante protege contra três cepas do vírus influenza e, em 2025, sua aplicação foi ampliada para toda a população.