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Guerra
15/06/2025 04:00:00

Morre Ali Shamkhani, assessor-chave do líder supremo do Irã, após ataque israelense

Morre Ali Shamkhani, assessor-chave do líder supremo do Irã, após ataque israelense

Ali Shamkhani, principal conselheiro do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, morreu neste sábado (14) no hospital, um dia após os ataques realizados por Israel em território iraniano. A informação foi confirmada por meios de comunicação estatais do Irã.

Figura central da segurança nacional e diplomacia iraniana

Shamkhani teve papel de destaque na estrutura de poder iraniana por décadas. De 2013 até meados de 2023, ocupou o cargo de secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, atuando como a principal autoridade de segurança do país. Também serviu anteriormente no Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e no Ministério da Defesa.

Reconhecido internacionalmente, foi o representante de Teerã nas negociações históricas com a Arábia Saudita, que resultaram na retomada das relações diplomáticas entre os dois países após anos de hostilidade. O acordo, mediado pela China, foi um marco diplomático que reposicionou o Irã na geopolítica regional.

Influência internacional e queda abrupta

Com influência crescente nos círculos diplomáticos de Washington e da Europa, Shamkhani era visto como uma das principais figuras estratégicas do regime. Apesar disso, foi substituído repentinamente em 2023, alimentando especulações sobre sua ambição política e possível desconforto dentro do alto escalão iraniano.

Aliado próximo de Khamenei, Shamkhani permaneceu como conselheiro de assuntos estratégicos mesmo após deixar o cargo de segurança nacional. Durante seu tempo no governo, também participou das tratativas com os Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano, especialmente durante a gestão do ex-presidente Donald Trump.

Impacto político da morte

A morte de Shamkhani ocorre em um momento de intensa escalada militar entre Irã e Israel, com Tel Aviv afirmando “operar livremente” no espaço aéreo iraniano. Além de ser uma perda significativa para o núcleo de liderança iraniano, sua morte pode aprofundar ainda mais as tensões regionais e influenciar a condução das negociações diplomáticas e militares do Irã nos próximos meses.