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Acidente
15/06/2025 01:00:00

Integrantes do PCC são sentenciados a mais de 66 anos de prisão por assassinato brutal em Maceió

Integrantes do PCC são sentenciados a mais de 66 anos de prisão por assassinato brutal em Maceió

Três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados, juntos, a mais de 66 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Luiz Henrique Custódio de Araújo, ocorrido em maio de 2020, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. O julgamento, que teve duração de mais de 13 horas, foi finalizado na noite da última quinta-feira (12), e os réus foram considerados culpados por participação direta no assassinato.

Sentenças rigorosas após julgamento extenso

Os réus Carlos Alexandre de Mesquita, Felipe Lopes da Silva e Rafael Diego Peixoto foram presos durante as operações “Damas do Crime” e “Cruz das Almas”, ambas conduzidas pela Polícia Civil de Alagoas. Rafael Diego recebeu a pena mais severa, somando 32 anos, sete meses e 15 dias de prisão. Carlos Alexandre foi condenado a 28 anos, seis meses e 14 dias, enquanto Felipe Lopes cumprirá quatro anos, 11 meses e 15 dias de reclusão.

Homicídio com qualificadoras de extrema crueldade

A 48ª Promotoria de Justiça da capital sustentou a acusação de homicídio triplamente qualificado, com base em motivo torpe, meio cruel e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima — conforme os incisos I, III e IV do §2º do artigo 121 do Código Penal. Os réus também foram condenados por organização criminosa qualificada, de acordo com o artigo 288 do mesmo código.

“Assassinato bárbaro exigia resposta proporcional”, diz MP

O promotor de Justiça Rodrigo Lavor destacou a atuação do Ministério Público de Alagoas na busca por uma resposta penal justa diante da gravidade do crime. “Atuamos requerendo a aplicação do rigor da lei, uma vez que o assassinato foi bárbaro. O MP cumpriu seu papel constitucional ao promover justiça social com condenações proporcionais à brutalidade do crime cometido.”

Segundo ele, o caso ilustra a eficácia da atuação conjunta das instituições de segurança pública e justiça criminal na repressão qualificada à criminalidade organizada em Alagoas.

Vítima foi executada com tiros e pedradas no rosto

Luiz Henrique Custódio foi assassinado em 16 de maio de 2020. Ele caminhava próximo a um campo de futebol no bairro Cidade Universitária quando foi surpreendido pelos acusados e morto a tiros e pedradas na região do rosto, que ficou completamente desfigurado. Segundo o Ministério Público, a motivação do crime seria um desentendimento da vítima com uma das chamadas “damas do crime”, figuras femininas associadas à facção.

Na época do crime, os condenados já atuavam ativamente dentro do PCC, com envolvimento em tráfico de drogas e assassinatos em vários estados brasileiros. As provas que levaram às condenações foram colhidas ao longo de uma apuração detalhada que reforça o papel do Estado no enfrentamento às organizações criminosas.