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Na madrugada deste sábado (14), o conflito entre Irã e Israel atingiu um novo pico de tensão, com uma troca intensa de ataques que deixou mortos e feridos em ambos os países. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), dezenas de mísseis iranianos foram disparados contra o território israelense em múltiplas ondas, atingindo áreas centrais como Tel Aviv e Jerusalém.
O serviço de emergência Magen David Adom informou que um dos projéteis atingiu diretamente casas em Rishon Lezion, no centro de Israel, provocando a morte de duas pessoas e ferimentos em outras 19. Segundo os bombeiros, quatro residências foram severamente danificadas. Em Tel Aviv, 34 pessoas ficaram feridas apenas na primeira série de ataques. Já na segunda ofensiva, sete feridos foram levados ao hospital Ichilov, sendo um deles em estado moderado.
As sirenes de alerta e o estrondo das explosões causadas pelos mísseis iranianos e os interceptores israelenses foram ouvidos em diversos pontos do país. As IDF mantêm forças de busca e salvamento mobilizadas em várias regiões para responder aos danos causados pelos projéteis.
Do outro lado do conflito, o Irã também sofreu ataques. A agência semi-oficial iraniana Tasnim noticiou um incêndio no Aeroporto Internacional de Mehrabad, em Teerã, após bombardeios israelenses. A operação, segundo fontes oficiais iranianas, causou a morte de 78 pessoas e deixou mais de 320 feridos. A maioria das vítimas, segundo o embaixador iraniano na ONU, era civil. Entre os mortos estariam generais, cientistas e autoridades ligadas ao programa nuclear iraniano.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma resposta severa: “Israel não escapará impune desse grande crime”. Em meio aos confrontos, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo pela cessação dos ataques e pela retomada da diplomacia. “Bombardeios em instalações nucleares, ataques com mísseis em Tel Aviv... basta. É hora de parar. A paz e a diplomacia devem prevalecer”, escreveu em sua rede social.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também se manifestou, dizendo ter conversado com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e reforçou a necessidade de “máxima contenção”.
O confronto, que agora atinge áreas urbanas densamente povoadas, representa uma escalada sem precedentes no histórico de tensões entre os dois países, com a ameaça real de expansão para um conflito mais amplo no Oriente Médio.
