Síndrome gripal provoca nove mortes em Maceió em 2025 e número de casos pode crescer com chegada do inverno

Desde o início de 2025, Maceió já registrou 259 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com nove mortes confirmadas. A doença, causada por diferentes tipos de vírus respiratórios, tem apresentado crescimento, especialmente diante da baixa adesão à vacinação e da chegada do período chuvoso, que favorece a propagação desses agentes infecciosos.

Do total de registros, 50 casos foram provocados pelo vírus Influenza, sendo um deles com evolução para óbito. Outros 37 casos foram causados por diferentes vírus respiratórios, sem mortes relacionadas. Já entre os infectados por vírus não especificados, 73 casos foram confirmados e cinco pessoas faleceram por complicações da síndrome.

A Covid-19 também permanece como causa significativa: 37 casos evoluíram para SRAG, resultando em três mortes. Além dos casos já confirmados, a Secretaria Municipal de Saúde investiga outros 62 registros suspeitos que ainda aguardam confirmação laboratorial.

Crianças com menos de quatro anos representam a maioria das internações por agravamento de casos de Influenza. Como resposta, algumas escolas privadas da capital alagoana passaram a promover ações de vacinação em parceria com a Secretaria de Saúde.

Dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que, nas últimas quatro semanas, 71,04% dos casos de SRAG foram causados pelo vírus Influenza A. Apesar do alerta, a cobertura vacinal segue baixa: menos de 40% do público-alvo em Alagoas foi imunizado, e esse índice cai para menos de 30% em Maceió.

Com a chegada da quadra chuvosa, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforçou o apelo à vacinação. O clima mais úmido e com temperaturas amenas contribui para a circulação de vírus respiratórios e o agravamento de casos, principalmente entre os mais vulneráveis.

Desde o fim de maio, a campanha de imunização foi ampliada. Agora, todos os alagoanos a partir de seis meses de idade podem receber a vacina contra a gripe, que antes era restrita a grupos prioritários, como gestantes, idosos, crianças pequenas, professores e pessoas em situação de rua.