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Saúde
12/06/2025 08:00:00

Estresse leva 80% dos pacientes a interromperem tratamento de diabetes

Estresse leva 80% dos pacientes a interromperem tratamento de diabetes

A convivência com o diabetes impõe uma rotina exaustiva que, muitas vezes, impacta diretamente a saúde mental dos pacientes. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), 77% das pessoas com a condição já enfrentaram quadros de ansiedade, depressão ou outros transtornos emocionais causados pela doença. O médico Leonardo Scandolara, diagnosticado com diabetes aos 7 anos de idade, relata que os efeitos psicológicos surgem já no momento em que o paciente recebe a notícia de que terá de conviver com a doença pelo resto da vida, muitas vezes com limitações alimentares e de estilo de vida.

Uma pesquisa da IDF aponta que 79% dos entrevistados relataram esgotamento diante das exigências contínuas do tratamento, que demanda tempo, dedicação e disciplina. No Brasil, o quadro é ainda mais alarmante: 80% dos pacientes abandonam o tratamento por conta do estresse gerado pela condição. Scandolara explica que muitas consultas são breves e sobrecarregadas, fazendo com que aspectos fundamentais, como a saúde mental, acabem sendo negligenciados em meio a tantas orientações médicas e nutricionais.

Consequências físicas do estresse

Interromper o tratamento do diabetes pode trazer sérias consequências físicas além do descontrole da glicemia. Há um risco aumentado de complicações cardiovasculares, danos renais e problemas de visão, além da redução significativa da qualidade e da expectativa de vida.

Exaustão e falta de apoio entre consultas

Um dos principais desafios enfrentados pelos diabéticos ocorre no intervalo entre as consultas médicas, quando muitos se sentem desamparados. Para preencher essa lacuna, soluções como a assistente virtual Tia Bete têm ganhado relevância. Segundo o nutricionista Felipe Muller, a ferramenta foi criada para oferecer não apenas informações técnicas, mas também apoio emocional. "A Tia Bete foi desenvolvida para ser empática e acolhedora porque sabemos o quanto lidar com o diabetes pode ser pesado na rotina diária do paciente", afirma.

Scandolara destaca que a Tia Bete, treinada por especialistas em saúde, cria um ambiente seguro e humano, onde os pacientes se sentem ouvidos e respeitados. A assistente oferece lembretes para medicação e glicemia, sugestões alimentares adaptadas, indicações de exercícios físicos seguros e ajuda no cálculo de carboidratos.

Alimentação e saúde emocional andam juntas

O nutricionista Felipe Muller enfatiza que o estresse interfere diretamente no controle do diabetes ao aumentar os níveis de cortisol, o que pode resultar em maior resistência à insulina e, consequentemente, elevar a glicemia. “É um ciclo vicioso: o estresse agrava o diabetes, e o descontrole da doença intensifica a ansiedade”, explica.

Estudos recentes indicam que a alimentação pode desempenhar um papel essencial no controle tanto do diabetes quanto da saúde mental. Alimentos ricos em triptofano, como ovos, peixes, sementes de abóbora e girassol, auxiliam na produção de serotonina e contribuem para o bem-estar emocional. Peixes como salmão e sardinha, além de nozes e sementes como chia e linhaça, são fontes de ômega 3 e ajudam a reduzir a inflamação e melhorar a resposta à insulina. Já alimentos com magnésio, como folhas verdes escuras, abacate e amêndoas, atuam no alívio da ansiedade e no equilíbrio metabólico.

Probióticos e prebióticos — presentes em iogurtes naturais sem açúcar, kefir, frutas, legumes e grãos integrais com baixo índice glicêmico — são fundamentais para manter a saúde intestinal, que influencia diretamente a produção de neurotransmissores ligados ao humor.

A importância de um cuidado integral

O tratamento do diabetes não deve se limitar ao controle glicêmico. A inclusão de estratégias voltadas à saúde emocional melhora a adesão ao tratamento, reduz complicações e promove qualidade de vida. Scandolara compara o tratamento sem atenção à saúde mental a um carro com uma roda faltando: pode funcionar por um tempo, mas logo se torna insustentável.

Outras práticas recomendadas incluem uma boa hidratação, sono de qualidade, prática regular de exercícios físicos, meditação, manutenção de vínculos sociais, hobbies e momentos de autocuidado. “O caminho para o controle eficaz do diabetes passa pelo cuidado integral, e ferramentas como a Tia Bete são aliadas importantes nessa jornada”, conclui.

Sobre a Tia Bete

Criada pela empresa Chatvolt com base nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, a Tia Bete é uma assistente de inteligência artificial desenvolvida por uma equipe de médicos e nutricionistas. Seu propósito é tornar o dia a dia do diabético mais leve, simples e acessível.

A ferramenta oferece funcionalidades como cálculo de insulina, acompanhamento de ingestão de carboidratos e dicas de estilo de vida saudável, sempre com um tom acolhedor e humanizado. Reconhecida com o Prêmio Walter Minicucci de Inovação em Diabetes, a Tia Bete está em fase de testes no Sistema Único de Saúde (SUS), em Bofete (SP), e pode ser acessada gratuitamente pelo WhatsApp, adicionando o número +55 11 98050-9019 e enviando a mensagem “Olá!”.