Quando o excesso atrapalha: 8 hábitos saudáveis que podem fazer mal

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para uma vida longa e equilibrada, mas até as melhores intenções podem se tornar prejudiciais quando transformadas em exagero. Especialistas em saúde alertam que certos comportamentos, se levados ao extremo, podem minar tanto o bem-estar físico quanto o emocional, comprometendo a qualidade de vida.

Zaid Fadul, médico e fundador da Bespoke Concierge MD, destaca que o zelo excessivo pela saúde pode virar uma armadilha silenciosa. Entre as práticas que exigem moderação está a realização de exercícios intensos diariamente, que, em vez de promover a saúde, podem levar à exaustão física, lesões e aumento do cortisol, o hormônio do estresse. O descanso também é essencial para a recuperação e equilíbrio do corpo.

Outro hábito que exige atenção é o excesso de sono. Dormir mais de nove horas por noite com frequência pode estar ligado a problemas cardiovasculares e até maior risco de morte precoce, segundo instituições como a Harvard Medical School. A obsessão pela própria saúde também é prejudicial: monitorar sintomas constantemente ou procurar médicos sem real necessidade pode provocar ansiedade e até hipocondria.

Negligenciar as relações sociais por conta da vida profissional é outro comportamento nocivo. Priorizar o trabalho em detrimento dos laços afetivos pode afetar a saúde mental, sendo a solidão apontada pela OMS como um fator de risco semelhante ao tabagismo. Já a tentativa constante de forçar uma atitude positiva, ignorando emoções negativas, pode impedir o processamento saudável do estresse, comprometendo o equilíbrio emocional.

A dependência de aplicativos de meditação também pode ser problemática. Embora ferramentas de mindfulness ajudem na concentração e relaxamento, seu uso exagerado pode criar dependência e enfraquecer os benefícios reais se não houver uma prática pessoal consolidada. Da mesma forma, manter-se sempre online compromete o sono e aumenta o estresse, sendo fundamental estabelecer momentos de desconexão.

Por fim, as dietas excessivamente restritivas, sem orientação profissional, podem resultar em carências nutricionais e desordens alimentares. Uma alimentação saudável deve ser variada e adaptada às necessidades do organismo.

Como ressalta Zaid Fadul, a chave para viver bem não está na perfeição, mas na busca por equilíbrio, flexibilidade e conexão com os outros. Manter hábitos sustentáveis e permitir-se descansar e sentir são atitudes fundamentais para uma vida mais saudável e feliz.