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Guerra
10/06/2025 06:00:00

Rússia e Ucrânia realizam troca de prisioneiros e dão início a maior operação do tipo desde o início da guerra

Rússia e Ucrânia realizam troca de prisioneiros e dão início a maior operação do tipo desde o início da guerra

Rússia e Ucrânia realizaram nesta segunda-feira (9) uma significativa troca de prisioneiros de guerra, envolvendo soldados com menos de 25 anos, como parte de um acordo firmado durante negociações na Turquia. A operação marca o primeiro passo de uma iniciativa que pode se tornar a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

Ambos os países se comprometeram a libertar ao menos 1.200 detentos militares cada, além de repatriar os corpos de milhares de combatentes mortos em combate. O número exato de prisioneiros trocados nesta primeira etapa não foi divulgado, mas imagens divulgadas pelos governos mostram soldados ucranianos e russos celebrando o retorno.

Um vídeo emocionante mostra um dos soldados ucranianos recém-libertados telefonando para a mãe e dizendo: "Oi, mãe, eu cheguei, estou em casa!", visivelmente abalado. Outro vídeo registra um prisioneiro tranquilizando a família de um colega ainda em cativeiro — para muitos familiares, os que retornam representam a única esperança de informações.

Segundo o Exército russo, os militares repatriados foram levados inicialmente à Belarus, onde receberam apoio médico e psicológico antes de serem transferidos para a Rússia. Imagens divulgadas pela agência estatal russa RIA mostram os soldados erguendo uma bandeira nacional e comemorando a libertação.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou que a troca completa ainda levará alguns dias para ser concluída. Ele destacou que os acordos firmados em Istambul incluíram a libertação de prisioneiros gravemente feridos ou doentes, além dos jovens combatentes. Até agora, os libertados parecem estar em boas condições de saúde.

“O processo é complexo e envolve muitos detalhes sensíveis. As negociações continuam diariamente. Estamos nos esforçando ao máximo para trazer cada ucraniano de volta para casa”, disse Zelenski em comunicado pelo Telegram.

Apesar do avanço no campo humanitário, os esforços de paz entre os dois países seguem estagnados. Na noite anterior, a Ucrânia informou ter derrubado 460 de 479 drones russos em um dos ataques mais intensos registrados contra Kiev. No dia seguinte, a Rússia anunciou ter conquistado novos territórios na região de Dnipropetrovsk, indicando que os combates continuam intensos.