20/06/2025 20:01:38

Mundo
09/06/2025 00:00:00

Renault avalia proposta do governo francês para produzir drones militares na Ucrânia

Renault avalia proposta do governo francês para produzir drones militares na Ucrânia

A montadora francesa Renault confirmou neste domingo (8) que está em tratativas com o Ministério das Forças Armadas da França para avaliar a possibilidade de instalar uma linha de produção de drones militares na Ucrânia. A medida visa atender tanto o exército ucraniano, envolvido no conflito contra a Rússia, quanto as forças armadas francesas. Apesar da iniciativa, a empresa declarou que nenhuma decisão foi tomada até o momento.

Na manhã desta segunda-feira (9), as ações da Renault apresentavam alta de 2,1% na Bolsa de Paris, cotadas a €43,89, após a divulgação da possível parceria. Segundo a própria Renault, as conversas com o governo estão em estágio preliminar, e a companhia aguarda mais detalhes sobre o projeto para deliberar.

De acordo com informações da rádio Franceinfo, sem confirmação oficial, a Renault poderá se associar a uma pequena empresa francesa do setor de defesa para viabilizar a produção. A ideia seria implantar linhas industriais em áreas da Ucrânia relativamente próximas à zona de conflito, embora ainda distantes da linha de frente.

O anúncio surge após declarações do ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, na sexta-feira (6), à emissora LCI. Lecornu destacou que a parceria será inédita, envolvendo uma grande montadora e uma PME do ramo militar, e que não será necessário enviar cidadãos franceses à Ucrânia, uma vez que já existem empresas locais ligadas a interesses franceses.

Os drones a serem produzidos, cujo modelo ainda não foi divulgado, terão como destino principal as forças ucranianas, mas também serão utilizados por tropas francesas para treinamento e atualização operacional com base em experiências reais de combate.

A Ucrânia planeja empregar mais de 4,5 milhões de drones até o final de 2025, tecnologia que, segundo autoridades locais, é responsável por cerca de 70% dos danos causados ao equipamento inimigo. A França, por sua vez, busca fortalecer sua capacidade nesse setor e beneficiar-se da expertise desenvolvida pelos ucranianos, considerados mais avançados no desenvolvimento e na aplicação tática desses equipamentos.