Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (9), em um cemitério na parte alta de Maceió, o corpo do major da Polícia Militar Pedro Silva, de 58 anos, que sequestrou familiares e assassinou o próprio filho de 10 anos e o cunhado durante uma ação violenta no bairro do Prado, na capital alagoana.
O oficial estava preso desde janeiro deste ano por violência doméstica contra sua ex-companheira, mas conseguiu fugir do Presídio Militar antes de invadir a casa da ex-mulher, onde cometeu os crimes. Durante a operação de resgate conduzida pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o major também morreu.
Segundo relatos de familiares, Pedro Silva tinha um histórico de agressividade e já havia protagonizado diversos episódios violentos em relacionamentos anteriores. Um sobrinho revelou que o major chegou a atirar na perna de uma de suas ex-companheiras, além de ameaçar outras mulheres com quem se envolveu.
Durante o sequestro, a situação se agravou de forma brutal. Arrisson Luan Galvão, parente das vítimas, relatou que as mulheres da família conseguiram se trancar em um quarto, mas o agressor tentou invadir o cômodo pela janela. Ele usou os filhos como instrumento de chantagem emocional, chegando a cortar o cabelo das crianças e ferir o filho de 10 anos com uma faca no braço. Segundo Arrisson, o menino era muito inteligente, afetuoso e tinha um futuro promissor.
As autoridades agora concentram os esforços na investigação da fuga do presídio e na análise dos fatores que levaram Pedro Silva a cometer os assassinatos. A tragédia gerou comoção e indignação entre os moradores da capital alagoana e reacendeu o debate sobre a segurança nas unidades de custódia e a prevenção de violência doméstica.