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A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), condenada a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou nesta sexta-feira (6) a portais de notícias que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades da Itália. Segundo a parlamentar, o objetivo é regularizar sua presença no país e evitar ser classificada como fugitiva.
Zambelli deixou o Brasil por via terrestre rumo à Argentina, seguiu para os Estados Unidos e, posteriormente, viajou à Itália. Ela foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol na quinta-feira (5), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que permite sua prisão em outros países.
Em entrevistas ao G1 e à CNN Brasil, a deputada declarou que quer demonstrar boa-fé e afastar qualquer impressão de desrespeito às autoridades italianas. Disse ainda buscar proteção no país europeu contra o que classificou como "perseguição política". “Estou aqui por conta de uma perseguição política. Vou provar isso. Fui condenada sem provas”, afirmou. Ela também criticou outra condenação, de cinco anos, alegando ter porte legal de arma, e reforçou o desejo de pedir refúgio político na Itália.
Zambelli confessou ter receio de ser extraditada, mas declarou manter fé em Deus para que isso não ocorra. Ainda afirmou não reconhecer a legitimidade das decisões do ministro Alexandre de Moraes.
O STF, por unanimidade, rejeitou os recursos apresentados pelas defesas de Zambelli e de Walter Delgatti Neto contra a condenação pela invasão aos sistemas do CNJ. Com isso, o processo chega ao fim, restando apenas o início da execução da pena e a perda definitiva do mandato da parlamentar. A expectativa é que Moraes emita o mandado de prisão nos próximos dias.
