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Saúde
08/06/2025 14:00:00

Casos de síndrome respiratória grave seguem elevados entre idosos e crianças, aponta Fiocruz

Casos de síndrome respiratória grave seguem elevados entre idosos e crianças, aponta Fiocruz

Agência Brasil

Os registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continuam em alta no Brasil, com destaque para os impactos entre idosos e crianças, segundo o mais recente Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A análise corresponde à semana epidemiológica de 25 a 31 de maio.

De acordo com os dados, tanto idosos quanto crianças seguem apresentando taxas elevadas de mortalidade pela doença. Entre os idosos, a maior parte dos óbitos está relacionada à Influenza A, enquanto nas crianças predominam os casos e mortes causados por rinovírus e também por Influenza A.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, ressaltou que, embora algumas regiões das áreas Centro-Sul, Norte e o estado do Ceará já demonstrem sinais de estabilização ou queda nos casos em crianças, os números seguem em patamar elevado. Ela reforçou a necessidade de vacinação contra a Influenza A, especialmente para os públicos mais vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades.

Tatiana explicou ainda que os casos de SRAG em crianças de até quatro anos estão sendo majoritariamente provocados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), mas também há contribuição significativa do rinovírus e da Influenza A, inclusive em adolescentes de até 14 anos. Já entre pessoas com 15 anos ou mais, a Influenza A tem sido o principal fator associado às internações hospitalares por SRAG.

O boletim também revela que 25 das 27 unidades federativas estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com tendência de crescimento nos casos. Entre os estados com esse perfil estão Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Além disso, 15 capitais apresentam atividade de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, também com tendência de crescimento prolongado. São elas: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.