Dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, apesar de os católicos seguirem como maioria religiosa em Alagoas, houve redução no número de adeptos entre os anos de 2010 e 2022. O percentual de católicos caiu de 72,6% para 64,2%, o que representa atualmente 1.708.615 alagoanos com 10 anos ou mais que se identificam com a fé católica.
No mesmo período, a presença evangélica no estado teve um aumento expressivo, passando de 15,7% para 22,9%, o que equivale a um salto de 400,4 mil para 609,3 mil pessoas. Além do crescimento dos evangélicos, o censo também apontou aumento no número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, que passaram de 0,08% para 0,40%, totalizando 10.597 fiéis.
A pesquisa também identificou que 9,31% da população alagoana com mais de 10 anos – o que representa mais de 247,8 mil pessoas – declarou não seguir nenhuma religião. Nesse grupo estão incluídos ateus, agnósticos e aqueles que apenas afirmaram não ter crença. Nacionalmente, essa mesma parcela representa 9,3% da população.
Outras tradições religiosas também apresentaram crescimento em Alagoas. O grupo classificado como “outras religiosidades” passou de 1,38% em 2010 para 2,31% em 2022, somando 61.451 pessoas. Esse conjunto inclui testemunhas de jeová, católicos ortodoxos, judeus, islâmicos, budistas, hinduístas, religiões esotéricas, ayahuasqueiras, além de declarações múltiplas ou indefinidas.
O levantamento incluiu ainda, pela primeira vez, dados sobre tradições religiosas indígenas, que representam 0,11% da população alagoana, ou 3.060 pessoas. O número de espíritas teve um leve crescimento, indo de 0,61% para 0,65%.
Vale destacar que o crescimento de algumas vertentes religiosas ocorre dentro de um contexto de expansão populacional. Em 2010, o número de pessoas com 10 anos ou mais era de 2.547.711, enquanto em 2022 esse contingente subiu para 2.663.299 pessoas.
Comparando os dois censos, o cenário religioso em Alagoas teve as seguintes variações: os católicos caíram de 72,65% para 64,16%; os evangélicos subiram de 15,72% para 22,88%; os espíritas cresceram de 0,61% para 0,65%; os adeptos da umbanda e candomblé aumentaram de 0,08% para 0,40%; as outras religiões passaram de 1,38% para 2,31%; os sem religião diminuíram levemente de 9,45% para 9,31%; e os que não souberam informar sua religião caíram de 0,11% para 0,04%.
Os dados fazem parte da divulgação preliminar da amostra do Censo Demográfico 2022, que traça o perfil religioso da população brasileira, detalhando também características como cor ou raça, sexo, idade, grau de escolaridade e outras variáveis sociais dos moradores do país.